Família se revolta com decisão do Hospital Regional do Seridó de transferir idoso para Currais Novos com justifica de esvaziar leitos para possíveis surgimentos de casos de Covid-19

O Blog do Marcos Dantas foi procurado na tarde deste sábado (11) pela artesão Margarida Maria de Oliveira. Ela disse que seu pai, que tem 84 anos de idade deu entrada no Hospital Regional nesta sexta (10) com problemas de saúde, passando o dia internado na área amarela.

Só que quando foi por volta das 14 horas ele piorou muito, a glicemia dele chegou a zero e transferiram ele para a área vermelha. Ele ficou a tarde e noite e hoje na parte da manhã, por volta das 11 horas eu recebi um telefonema do Hospital, da Assistente Social me chamando pra comparecer lá porque os pacientes que estavam internados no Hospital teriam que ser transferidos para Currais Novos”, contou.

Margarida disse que ao chegar no Hospital foi informado pela coordenadora da Regulação que os pacientes que estavam internados tinham que ser remanejados para hospitais de algumas cidades próximas, atendendo uma determinação que tinha que esvaziar os leitos do Hospital para possíveis casos de Covid-19 que surgissem.

Questionamentos a ida do meu pai para Currais Novos, primeiro pela situação da saúde dele, no estado em que ele está não tem condições talvez nem de fazer a viagem para Currais Novos. Segundo pela dependência, porque me disseram que é obrigado termos uma acompanhante para ir com ele, e eu questionei que um hospital enorme desse, porque não faz assim, quem chegar doente a partir de agora, atende e faz uma triagem e manda pra Currais Novos. Mas quem já está aqui dentro, numa cama quase morrendo vai mandar pra Currais Novos? Você não acha isso uma medida desproporcional? Meio desorganizada. Como você tira um doente de um leito de um hospital para mandar pra Currais Novos, e esperar que fulano de tal vai chegar mais tarde e vai necessitar desse leito?”, completou Margarida.

A Família, de acordo com Margarida vem se mobilizando para não permitir que a transferência aconteça. “Me disseram que ele ficaria hoje, mas que eu começasse a procurar um acompanhante porque amanhã seria transferido. E eu estou dizendo, porque já viu antecipar que não aceitaremos em hipótese alguma que ele seja transferido para Currais Novos. No estado em que ele está não sei nem se ele amanhecerá vivo, a situação dele é grave”, finalizou.

Ouça Margarida Maria

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