Falta de energia afeta 800 comércios na região da rua 25 de março, diz associação

Falta de energia em restaurante na 25 de março
Falta de energia em restaurante na 25 de março — Foto: Univinco25/ Divulgação

Lojistas da região da rua 25 de março, polo de comércio popular na região central de São Paulo, relatam estar enfrentando o segundo dia de interrupções no fornecimento de energia elétrica. A Enel afirma que está no local para tentar resolver o problema.

De acordo com a Univinco25 (União dos Lojistas da Rua 25 de Março e Adjacências), a falha acontece na fase de 220 volts e atinge cerca de 800 estabelecimentos da região.

— É a sétima vez que isso acontece neste ano. A maioria dos imóveis são prédios, então ficam sem elevador, e sem água, porque as bombas não funcionam e não dá nem para usar o banheiro — diz Claudia Urias, diretora-executiva da Univinco25.

Segundo Claudia, o problema começou na quinta-feira (25), logo no início da manhã, quando as lojas começaram a ser abertas. Por volta das 11h a energia chegou a ser reestabelecida, mas de tarde o problema se agravou e se espalhou para mais estabelecimentos da região. A falha afeta também o sistema de emissão de notas fiscais online, o que compromete parte das vendas.

— Eles não nos dão uma previsão para a resolução do problema e amanhã é sábado, um dos melhores dias do comércio da região — diz a diretora-executiva da associação.

Em nota para O GLOBO a Enel afirma que “equipes técnicas estão no local para avaliar as causas e realizar os reparos necessários”.

Na segunda-feira, um grupo de comerciantes do centro de São Paulo protocolou uma ação na Justiça pedindo que a Enel pague uma indenização por danos morais e faça o ressarcimento dos prejuízos aos afetados pelos apagões que ocorreram em novembro de 2023 e em março deste ano.

O processo foi aberto no Foro Central Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, e solicita também que a distribuidora de energia pague multa caso não informe 30 minutos após interrupção a previsão para o restabelecimento da força. Procurada, a Enel não se posicionou sobre a ação judicial.

— Diversas pessoas cancelaram reservas nos hotéis do centro. Na ação são cerca de 60 comerciantes — diz o advogado Alan Apolidorio, que defende a Associação Pró-Centro, que reúne empreendimentos como o Bar Brahma, Edifício Itália, Galeria do Rock, a balada Tokyo, hotéis como o Marabá e o Excelsior e o restaurante Ponto Chic.

Fonte: O Globo

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