Falha técnica fez com que perfis bloqueados ficassem à mostra, diz X

meme da logo do X (ex-Twitter) sobreposta ao eclipse solar registrado na 2ª feira (8.abr.2024), compartilhado por Elon Musk
Em relação à exibição de lives pelos perfis, o X informou que a falha possibilitou que, por meio do acesso em dispositivos móveis, os usuários bloqueados colocassem links que levavam a outros sites onde a transmissão ao vivo era disponibilizada

Os representantes do X no Brasil enviaram ao STF (Supremo Tribunal Federal) esclarecimentos a respeito do relatório da PF (Polícia Federal) que indicou descumprimento de decisão judicial da Corte pela plataforma.

Em relatório encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes em 19 de abril, a corporação indica que o X permitiu que perfis bloqueados por ordens do ministro transmitissem “lives” a partir de 8 de abril. Além disso, foi informado que 6 contas suspensas ficaram visíveis no X.

Em resposta, a plataforma afirma que uma falha “técnica, temporária, isolada e imprevisível” possibilitou que os perfis ficassem visíveis em alguns dispositivos, a depender do modo de acesso. A empresa informou que apenas eram visíveis as fotos de perfil e capa e a biografia dos perfis, não sendo possível verificar as publicações do usuário.

“Essa falha operacional, embora tenha permitido o acesso limitado a elementos não essenciais das contas via aplicativo móvel, foi pontual e não representa uma violação das ordens judiciais proferidas pelo STF e TSE. A discrepância observada foi resultado de um problema técnico isolado, sem intenção das Operadoras do X de contornar ou de qualquer forma desrespeitar as decisões judiciais vigentes”, diz a empresa.

Em relação à exibição de lives pelos perfis, o X informou que a falha possibilitou que, por meio do acesso em dispositivos móveis, os usuários bloqueados colocassem links que levavam a outros sites onde a transmissão ao vivo era disponibilizada.

Segundo a PF, os investigados utilizam uma estrutura da “milícia digital” fora do Brasil para conseguir burlar o cumprimento das medidas judiciais. E com isso, segundo os investigadores, “impulsionar o extremismo do discurso de polarização”.

O relatório da PF mostra que perfis, ainda que bloqueados, conseguiam sinalizar nas fotos o direcionamento para o Spaces, que é uma sala de conferência virtual onde os usuários do X conseguem se ouvir e serem ouvidos conforme o gerenciamento do anfitrião.

A empresa informou que nenhum perfil bloqueado usou a ferramenta, mas sim eram convidados a participar por meio de usuários que não têm nenhuma restrição judicial para usar a plataforma. Segundo o X, depois que a manobra foi identificada, a plataforma passou a bloquear o ingresso de perfis bloqueados no Spaces.

“A manobra colocada em prática pelos usuários investigados – em colaboração com esses terceiros – não sugere, de forma alguma, que houve autorização ou permissão das Operadoras do X para o uso da funcionalidade ‘Spaces’ pelos usuários bloqueados”, diz.

Fonte: Poder360

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