Exposição gratuita “O Sertão Virou Mar” recebe universitários interessados em arte e edificações históricas

Imagine visitar um prédio histórico, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Brasil (Iphan), repleto de obras de arte com importância ímpar, arquitetura neoclássica e ainda bater-papo com um artista local com projeção internacional sobre sua arte multifacetada. Os alunos do curso de Licenciatura em Artes Visuais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e demais interessados terão essa oportunidade no dia 5 de julho, quando conversarão com o artista visual potiguar Azol, que está com a exposição itinerante “O Sertão Virou Mar” na Pinacoteca do Estado.

A visita educativa é organizada pelo Núcleo de Arte e Cultura da Universidade (NAC/UFRN) e acontecerá das 10 às 12h, estando aberta também aos demais estudantes ou interessados em Artes Visuais e edificações históricas. Os que possuem matrícula ativa na UFRN poderão ir em micro-ônibus e os que não possuem devem se encontrar diretamente na Pinacoteca. As inscrições para os matriculados acontecem no sistema da Universidade (SIGAA).

O reitor da UFRN, José Daniel Diniz Melo, e a direção do NAC estarão presentes na ação. Além da conversa com o artista sobre seu fazer artístico, haverá uma apresentação da Pinacoteca, conhecida também como Palácio Potengi, edificação histórica que possui um vasto acervo de obras de arte de diferentes períodos históricos e que já abrigou o Governo do Estado, tendo uma relevância ímpar para o povo potiguar. Ela fica próxima às margens do Rio Potengi, no bairro histórico potiguar da Cidade Alta.

O Sertão Virou Mar: a exposição

A exposição está disponível à visitação do público até 24 de julho na Pinacoteca do Estado. Ela tem variadas linguagens e formatos: são 43 fotomontagens, 10 pinturas em tinta acrílica sobre tela, três videoartes, dois videodepoimentos, uma instalação, tudo isso distribuído em quatro salas confortáveis com ambientes intimistas. A temática é sempre o sertão, a caatinga e a vida simples do homem do campo. Inspirada no sertão nordestino, a exposição retrata a vida cotidiana dessa região de forma lúdica. O Castelo de Seu Zé dos Montes, localizado no município de Sítio Novo, está presente em diversas obras de arte. Um burrinho solitário, os vaqueiros cavalgando pela mata e o menino caído ao chão são algumas das peças feitas pelo artista, que demonstram a beleza do sertão e não apenas a aridez da terra seca.

Azol, artista potiguar residente de São Paulo há quase 30 anos, com formação em Cinema e Artes Gráficas, se utiliza da fotografia, pintura, escultura, vídeo, colagem e de outras linguagens para desenvolver sua arte, que possui uma característica única. Além do Brasil, suas peças também já passaram por países como França e Estados Unidos. Apesar da riqueza de detalhes, cores, filtros e linguagens utilizadas pelo artista, as obras de arte que compõem a exposição foram produzidas em um período de, aproximadamente, um ano. No entanto, o trabalho de pesquisa feito por Azol sobre o sertão nordestino já dura 10 anos. Baseado nesse estudo, nas viagens ao Nordeste e conversas com o curador Marcus Lontra, o artista montou a exposição.

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