O ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, derrubou a moto de um entregador enquanto ele subia no veículo em frente a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), localizada na Zona Sul de São Paulo. O caso aconteceu na noite de quinta-feira (1°) quando Salles, candidato à Câmara dos Deputados pelo Partido Liberal (PL) nas eleições deste ano, tinha acabado de cumprir um compromisso de sua agenda na Instituição. Imagens que circulam nas redes sociais gravaram a ocorrência e mostram que após derrubar a moto do entregador, o ministro saiu sem prestar ajuda.
Na saída, Ricardo Salles foi alvo de um protesto realizado por estudantes da ESPM. Em nota divulgada nas redes, a bateria da universidade afirma que o movimento foi motivado contra a presença de Salles. “A Bateria protestou ativamente contra a atitude durante a execução da palestra e vem a público mais uma vez expressar enorme insatisfação contra o evento promovido. Não concordamos com a propaganda política exercida dentro das áreas da faculdade, e muito menos com a presença de um político que promove tópicos de devastação, degradação e exclusão – não só ambientais, como sociais”, aponta a bateria.
Na manhã desta sexta-feira (2), o ex-ministro da pasta de Meio Ambiente postou uma imagem de seu carro com o para-brisa quebrado. A publicação foi realizada em seu perfil no Twitter, onde também escreveu um tweet afirmando que “horda de bárbaros atacou nossa comitiva ontem”. Segundo Salles, os manifestantes jogaram pedras, chutaram o carro e quebraram o para-brisa. Ainda, de acordo com ele, sua equipe falou com o motoqueiro que teve a moto derrubada e, segundo ele, não sofreu nenhum ferimento.
Em resposta à matéria publicada no Estadão, a ESPM afirmou apenas ter cedido e afirmou apenas ter cedido o espaço para a palestra de Ricardo Salles e não promoveu o evento. “O debate não foi uma iniciativa da ESPM e não contou com a participação de diretores ou de professores da escola. A ESPM é uma instituição apartidária, que incentiva e defende a diversidade de ideias e opiniões”, diz a nota da instituição. O Estadão não conseguiu contato com o ex-ministro, mas ele se manifestou via redes sociais, dizendo ter sido hostilizado.
Do Tribuna do Norte