Ex-advogado de Trump admite ter roubado empresa do republicano

O ex-advogado Michael Cohen em depoimento ao Congresso norte-americano, em 2019

O ex-advogado de Donald Trump Michael Cohen admitiu nesta 2ª feira (20.mai.2024), durante audiência em um tribunal de Nova York, ter roubado a Trump Organization, a empresa do republicano, ao ter desviado US$ 30.000 de um pagamento de US$ 50.000 que deveria ser realizado para uma empresa de tecnologia. As informações são da Reuters.

Cohen justificou o ato afirmando que estava descontente por ter perdido o bônus anual da empresa depois de ter enviado US$ 130.000 ao advogado da atriz pornô Stormy Daniels como forma de não tornar público o caso extraconjugal entre Trump e ela antes das eleições presidenciais de 2016. No total, a Trump Organization o reembolsou US$ 100.000 do pagamento realizado por ele ao advogado de Daniels. 

O ex-advogado é a principal testemunha do julgamento contra o ex-presidente dos Estados Unidos, que começou em 15 de abril de 2024, em Nova York. O caso apura o envio de US$ 130 mil à Stormy Daniels, feito em outubro de 2016.

O indiciamento acusa Trump de 34 crimes de “falsificação de registros comerciais em 1º grau”, alegando que o republicano alterou registros da Trump Organization para esconder os pagamentos a Michael Cohen, que teria facilitado o acordo com Daniels.

Também durante a audiência desta 2ª feira (20.mai), o ex-advogado afirmou que conversou com Trump sobre o pagamento à atriz pornô mais de 20 vezes. Ele disse “não ter dúvidas” de que o ex-presidente aprovou o repasse do dinheiro. 

No entanto, Robert Castello, testemunha de Trump, disse que Cohen, em 2018, teria falado a ele que não tinha nada a falar sobre o caso Stormy Daniels para autoridades. “Ele disse: ‘Juro por Deus, Bob, não tenho nada sobre Donald Trump’”, afirmou.

Esse julgamento é o 1º de 4 processos criminais contra Donald Trump, com uma duração estimada de 2 meses.

Os promotores, liderados por Alvin Bragg, procurador do distrito de Manhattan, argumentam que Trump cometeu fraude ao disfarçar esses pagamentos como despesas legais, violando leis estaduais e federais.

A defesa de Trump, no entanto, afirma que os repasses eram despesas legítimas, negando qualquer tentativa de encobrir um caso extraconjugal. Trump se declarou inocente e tentou sem sucesso encerrar o caso, alegando motivações políticas.

O julgamento se dá enquanto Trump busca um 2º mandato na Casa Branca nas eleições de novembro.

A legislação dos EUA permite sua candidatura, desde que cumpra 3 requisitos: ser nascido nos EUA, residir no país por pelo menos 14 anos e ter no mínimo 35 anos.

Fonte: Poder360

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