Estudantes potiguares desenvolvem impressora 3D que constrói casas

Uma impressora 3D capaz de construir uma casa em cerca de 24 horas, reduzindo custos de produção e evitando o descarte de material.

Essa tecnologia já existe em outros países do mundo, mas um dos primeiros equipamentos brasileiros para essa finalidade tem assinatura de uma dupla potiguar: os alunos de Engenharia Civil, Allynson Aarão César Xavier e Iago Felipe Domingos da Silva estão apresentando o funcionamento do projeto idealizado por eles no Campus Natal, durante o XIX Congresso Científico e Mostra de Extensão da Universidade Potiguar, integrante da rede Laureate.

A iniciativa, que pode ser pioneira no Brasil, está sendo desenvolvida há um ano com base em outros projetos que existem em países como Rússia e China.

O equipamento funciona como a impressora 3D convencional, mas numa escala maior, sendo capaz de produzir grandes estruturas como casas. Para tanto, a impressora utiliza um composto cimentício desenvolvido pelos próprios estudantes, três vezes mais resistente que um bloco normal de construção.

“Levamos seis meses desenvolvendo esse composto que é diferente do concreto comum utilizado na construção civil”, explica Iago que atualmente cursa a 6ª série de Engenharia Civil. Juntamente com o colega, que está na 10ª série, eles vêm sendo orientados pelo Prof. Dr. André Felipe Oliveira Azevedo. 

Durante o Congresso, o grupo não vai construir a estrutura de uma moradia, mas vai demonstrar o funcionamento do equipamento que foi montado na frente da Unidade Roberto Freire.

O Prof. André Azevedo detalha que a impressora montada pelos alunos é capaz de construir uma casa de até 200 metros quadrados em aproximadamente 24 horas e, após 8 dias, a estrutura terá uma resistência à pressão maior do que a observada em colunas para geradores eólicos.

De acordo com Iago, 30% do material é descartado num processo normal de construção civil. Além disso, a obra de uma casa pode durar alguns meses dependendo do tamanho da estrutura.

No entanto, o método e a tecnologia desenvolvida por eles, traz agilidade ao processo já que reduz o tempo para apenas algumas horas, diminui os custos com mão-de-obra e elimina o desperdício, sendo por isso melhor para o meio ambiente.

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