Pode parecer estranho que a nova direita brasileira, ligada ao presidente Jair Bolsonaro, seja simpática a um movimento grevista —a não ser que a greve seja de policiais militares. A informação é da Folha de S. Paulo, desta sexta-feira (21).
No embate entre policiais amotinados do Ceará e o senador Cid Gomes (PDT-CE), que foi baleado ao tentar entrar em um quartel com uma retroescavadeira em Sobral (CE), a tropa bolsonarista condenou a atitude do parlamentar, mas não questionou a desobediência dos militares, que são proibidos pela Constituição de fazer greve. Nem sempre foi assim. A reivindicação de melhores salários e condições de trabalho, que motiva a maior parte dos motins de policiais, era pauta identificada com a esquerda e seus movimentos sindicais.Não é à toa que policiais lançados para a política na esteira de greves mais antigas frequentaram siglas esquerdistas.