Erika Hilton repudia “intolerância religiosa” após show de Ludmilla

Erika Hilton
A deputada Erika Hilton (foto) disse que a intolerância religiosa deve ser combatida

A deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) disse ter recebido com tristeza e preocupação” as mensagens de que a cantora Ludmilla realizou uma projeção em seu show com “dizeres com conteúdo que ataca e ofende pessoas de religiões de matriz africana”. A apresentação se deu durante o festival Coachella, nos Estados Unidos, no domingo (21.abr.2024).

“A intolerância religiosa precisa ser combatida. No nosso cotidiano, na sociedade civil, pelo judiciário, no parlamento, e nas artes também. E as vozes que alertam e trabalham contra as discriminações, sejam elas religiosa, racial, de gênero e orientação sexual, precisam ser fortalecidas”,declarou a congressista em seu perfil no X (ex-Twitter) nesta 2ª feira (22.abr.2024).

“Que Lud aproveite esse acontecimento e trate [como uma] oportunidade para avançar nesse debate e reparar danos causados. Não esperem que na caminhada de pessoas negras nós nos condenemos tão facilmente quanto quem condena pessoas da nossa cor por qualquer passo errado”, continuou Erika, que também disse esperar uma retratação da artista.

Em um dos trechos da projeção apresentado pela cantora aparece um cartaz com a frase “Só Jesus expulsa o Tranca Rua das pessoas”. Tranca Rua é o nome de um Exu, entidade de religiões de matriz africana.

Assista:

Quando eu disse que vocês teriam que se esforçar pra falar mal de mim, eu não achei que iriam tão longe.
Hoje tiraram do contexto uma das imagens do video do telão do show em Rainha da Favela, que traz diversos registros de espaços e realidades a qual eu cresci e vivi por muitos… pic.twitter.com/sdP8JhoLmh

— LUDMILLA (@Ludmilla) April 22, 2024

A artista se pronunciou na mesma rede social e disse que as imagens foram tiradas de contexto. Segundo ela, a produção retrata as diversas realidades da periferia.

“Esse vídeo foi feito por uma fotógrafa/videomaker negra e periférica, para que tivesse um olhar de dentro para fora! Não me coloquem nesse lugar, vocês sabem quem eu sou e de onde eu vim. Não tentem limitar para onde eu vou. Respeito todas as pessoas como elas são, e independente de qualquer fé, raça, gênero, sexualidade ou qualquer particularidade que façam elas únicas”, declarou Ludmilla.

Fonte: Poder360

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