Rose Nunes, engenheira responsável pela usina de asfalto inaugurada na sexta-feira (12) em Cruzeta, concedeu uma entrevista ao Sistema Rural de Comunicação, descrevendo o processo de produção do asfalto e os benefícios que trará para a região do Seridó.
“Nossa produção aqui é de asfalto a frio, de cura média. Trabalhamos com agregados como o pó de pedra, a brita 12 e a emulsão asfáltica. O material é transportado até o depósito, onde é misturado com a umidade ideal. Atualmente, estamos produzindo cerca de 40 toneladas por hora e aplicamos o asfalto com equipamentos como acabadora, espargidor e rolo compactador”, explicou Nunes.
Ao ser questionada sobre a vida útil do asfalto produzido na usina, a engenheira afirmou que depende das condições de aplicação, mas geralmente varia entre 20 e 30 anos. “A durabilidade pode ser estendida com uma manutenção adequada. O asfalto quente, por exemplo, pode durar até 40 ou 50 anos, dependendo das condições”, acrescentou.
Sobre a possibilidade de usar o asfalto em uma espessura maior, Nunes destacou a vantagem econômica da produção a frio. “O asfalto a frio nos permite executar uma quantidade maior com valores menores, mantendo uma qualidade muito boa. O custo de produção é inferior ao do asfalto quente, o que viabiliza essa ampliação na espessura”, explicou.
A engenheira também abordou as diferenças entre os processos de usinagem quente e frio, enfatizando que a usinagem a quente é feita em altas temperaturas, enquanto a usinagem a frio oferece mais flexibilidade em termos de prazo para aplicação.
Por fim, Nunes ressaltou a facilidade de transporte do material para outros municípios, destacando a importância da usina para a região do Seridó. “Essa facilidade de transporte permitirá levar o asfalto a lugares distantes, como Serra Negra do Seridó, beneficiando toda a região”, concluiu a engenheira.