Empresários investigados na Lava Jato dizem que foram ameaçados de morte por operador de Eduardo Cunha

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Do Jornal do Brasil – Os irmãos Milton e Salim Schahin, donos da empresa que leva o sobrenome da família que estão sob investigação na Lava Jato, disseram em depoimento que foram ameaçados de morte por Lúcio Bolonha Funaro, homem apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como “o operador” do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Eles revelaram receio em prestar esclarecimentos para ajudar nas investigações, por medo das ameaças do operador. As ofensivas foram registradas em boletins de ocorrência. De acordo com Salim, as ameaças chegavam por telefone ou mensagens.

“Que Funaro certa vez ligou para o depoente, dizendo que sabia onde o filho do depoente morava e onde o neto estudava […]. Que escutou da própria boca dele que iria arrebentar o carro do […] depoente e coisas do gênero”, diz transcrição dos relatos de Salim, obtidos e divulgados por reportagem da Folha de S. Paulo. Os depoimentos de Milton e Salim estão no despacho do STF que autorizou as busca e apreensões em imóveis de Eduardo Cunha e de Funaro em dezembro do ano passado. Os procuradores do Ministério Público acreditam que cabia a Funaro lavar o dinheiro dos ganhos ilícitos de Eduardo Cunha.

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