Embate entre Bolsonaro e governadores deixa dúvidas sobre isolamento

O presidente Jair Bolsonaro fala à imprensa no Palácio da Alvorada.

O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar governadores e prefeitos nesta quinta-feira (30) por terem adotado medidas de distanciamento social, como fechamento de escolas e comércios, e, segundo ele, não terem conseguido diminuir a contaminação do novo coronavírus. Do outro lado desse cabo de guerra, governadores e prefeitos rebolam para equilibrar as medidas sanitárias para conter a doença com o custo econômico e político de manter os negócios parados —sobretudo em ano eleitoral.

“O Supremo [Tribunal Federal] decidiu que as medidas para evitar, ou para fazer a curva ser achatada, caberiam a governadores e prefeitos”, afirmou o presidente nesta quinta (30). “Não achataram a curva. Governadores e prefeitos que tomaram medidas bastante rígidas não achataram a curva”, continuou. Não há estudos definitivos sobre o quanto as medidas de distanciamento adotadas pelos estados impactaram o número de casos, mas as previsões de pico da doença têm sido adiadas, o que, na avaliação de governadores, indica que as medidas têm dado resultado. No caso de São Paulo, por exemplo, primeiro previa-se que o número máximo de novas contaminações seria atingido ainda em abril, e agora se fala em maio.

Presidente diz que medidas não foram efetivas; prefeitos fazem cálculo político

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