Embaixada dos EUA na Rússia emite alerta para risco ‘iminente’ de ataques de extremistas em Moscou

Prédio da embaixada dos Estados Unidos em Moscou
Prédio da embaixada dos Estados Unidos em Moscou — Foto: TATYANA MAKEYEVA / AFP

A embaixada dos Estados Unidos em Moscou emitiu na quinta-feira um alerta para o risco de um “ataque de extremistas” na capital russa, orientando os cidadãos americanos a evitarem grandes aglomerações. O alarme veio no mesmo dia em que autoridades anunciaram a morte de supostos integrantes do grupo terrorista Estado Islâmico em uma região a cerca de 200 km da cidade.

“A embaixada está monitorando relatos de que extremistas têm planos iminentes para atacar grandes aglomerações em Moscou, incluindo concertos, e cidadãos dos EUA devem ser aconselhados a evitar grandes aglomerações nas próximas 48 horas” diz a mensagem, publicada na quinta-feira no site da representação diplomática.

O texto recomenda que as pessoas, além de evitar multidões, monitorem a imprensa local e também estejam atentas a seus arredores. Desde o início da invasão da Ucrânia, os EUA pedem que seus cidadãos evitem qualquer viagem não essencial à Federação Russa, e desde setembro do ano passado orienta que deixem o país imediatamente. O Kremlin não comentou o alerta.

A capital russa foi, desde o fim da União Soviética, cenário de centenas de atentados cometidos por extremistas, o que levou as autoridades locais a aperfeiçoarem suas operações antiterrorismo, especialmente ao longo dos preparativos para a Copa do Mundo de 2018 — uma dos últimos ataques na cidade ocorreu em 2019, quando um homem fez disparos contra a sede do FSB, o Serviço Federal de Segurança, deixando dois mortos. O atirador era um ex-agente de segurança.

No mesmo dia em que o alerta da embaixada americana foi emitido, o FSB anunciou ter matado integrantes do Estado Islâmico na região de Kaluga, a cerca de 200km de Moscou, e afirmou que eles tinham planos para atacar uma sinagoga na capital russa. Segundo a agência TASS, os supostos terroristas reagiram após a abordagem e “foram neutralizados”. Os agentes encontraram armas de fogo, munição e “componentes para criar explosivos improvisados”.

A agência informou ainda que os suspeitos mortos integravam uma célula do chamado Estado Islâmico do Khorasan, ou ISIS-K, baseado no Afeganistão e que tem presença nas ex-repúblicas soviéticas da Ásia Central. No começo do mês, seis pessoas suspeitas de integrar a organização foram mortas na Inguchética, na região do Cáucaso.

Fonte: O Globo

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