Em pronunciamento sobre 8 de Março, ministra diz que desigualdade salarial entre homens e mulheres não é mais aceitável

Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves
Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves — Foto: Cristiano Mariz / Agência O GLOBO

Em pronunciamento nacional pré Dia Internacional das Mulheres, celebrado em 8 de março, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, afirmou que a desigualdade salarial por gênero não é mais aceitável. A ministra utilizou um dado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022, que aponta que a diferença salarial entre homens e mulheres que exercem a mesma função atingiu 22% no ano.

— Em pleno século 21, não podemos aceitar que uma mulher ainda receba 22% a menos que o homem ao exercer o mesmo trabalho. E que as mulheres negras recebam menos da metade do salário dos homens brancos — disse a ministra em discurso na noite desta quinta-feira.

Segundo um levantamento apresentado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) na terça-feira, 5, houve um aumento da paridade salarial em 6,7 pontos na última década no país – saindo de 72 em 2013, para 78,7, em 2023.

Ainda assim, o tema é um desafio para o governo de Lula, que sancionou em julho do ano passado uma lei que prevê a igualdade salarial entre mulheres e homens em mesma função. A medida foi anunciada em alusão ao Dia das Mulheres em março de 2023.

O texto determinou que empresas com mais de cem funcionários publiquem a cada seis meses um relatório de transparência salarial para garantir e fiscalizar a igualdade salarial. Conforme a lei, no caso da infração às regras, a empresa será multada em valor equivalente a dez vezes o novo salário devido pelo empregador ao empregado discriminado, elevado ao dobro no caso de reincidência.

A lei segue em fase de implementação, e encerra nesta sexta-feira o prazo para as empresas entregarem o Relatório de Transparência Salarial. O documento estará disponível a partir de 31/03 para que toda a população consulte qual é o nível de igualdade ou desigualdade em cada empresa no Brasil.

Segundo a ministra, após a publicação, as empresas que não cumprirem serão notificadas pelo governo. Após isso, a empresa terá 90 dias para recorrer e caso as justificativas não sejam aceitas, haverá fiscalização e multa.

Fonte: O Globo

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