Em caso inédito nos EUA, homem é acusado de contrabandear gases de efeito estufa

O americano Michael Hart, 58, é acusado de contrabandear produtos químicos que destroem a camada de ozônio; caso é inédito no país
O americano Michael Hart, 58, é acusado de contrabandear produtos químicos que destroem a camada de ozônio; caso é inédito no país — Foto: Freepik

Um homem do sul da Califórnia foi preso nesta segunda-feira sob suspeita de contrabandear gases refrigerantes do México para os Estados Unidos. Conforme publicado pelo jornal americano ABC, promotores federais disseram que ele é a primeira pessoa a ser acusada de violar regulamentações destinadas a conter o uso de gases de efeito estufa que contribuem para as mudanças climáticas.

A acusação alega que Michael Hart, 58, contrabandeou produtos químicos que destroem a camada de ozônio. O material estaria escondido sob uma lona em seu veículo. Segundo a procuradoria local, o suspeito chegou a colocar o gás à venda na internet. Hart foi acusado nesta segunda-feira. Ele se declarou inocente de 13 acusações, incluindo conspiração, venda de materiais proibidos e importação ilegal.

Esta é a primeira acusação nos Estados Unidos relacionada a uma lei de 2020 que proíbe a importação de hidrofluorcarbonetos sem a permissão da Agência de Proteção Ambiental. Os gases refrigerantes são usados em aplicações como refrigeração, ar condicionado, isolamento de edifícios, sistemas de extinção de incêndios e aerossóis.

“Este escritório está na vanguarda dos processos ambientais e hoje é um marco significativo para o nosso país. Esta é a primeira vez que o Departamento de Justiça está processando alguém por importação ilegal de gases de efeito estufa, e não será a última”, disse a procuradora Tara McGrath em comunicado. “Estamos usando todos os meios possíveis para proteger nosso planeta do dano causado por poluentes tóxicos”.

Hart foi ordenado a retornar ao tribunal em 25 de março. Também em comunicado, David Uhlmann, administrador assistente da Agência de Proteção Ambiental, afirmou que o ilegal contrabando do material “mina os esforços internacionais para combater as mudanças climáticas sob a Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal”. Ele acrescentou que “qualquer pessoa que busque lucrar com ações ilegais que piorem as mudanças climáticas deve ser responsabilizada”.

Fonte: O Globo

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