El Niño entra em fase final, mas efeitos do fenômeno devem ser sentidos até o inverno

El Niño e as mudanças climáticas aumantam a temperatura global
El Niño e as mudanças climáticas aumantam a temperatura global — Foto: Arte O GLOBO

O inverno ainda nem chegou, mas meteorologistas já conseguem fazer um prognóstico climático geral da próxima estação, que começa oficialmente no dia 21 de junho às 17h51 (horário de Brasília) para a maior parte do território brasileiro — com exceção de partes do Amazonas, Pará e quase a totalidade de Roraima e Amapá, que ficam no Hemisfério Norte.

Não são esperados extremos de frio ou calor. A tendência é para mais dias com temperaturas mais elevadas que o normal, mas ainda assim períodos de frio ao longo da estação. Segundo Andrea Ramos, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as chuvas vão ficar acima da média ainda na região Sul, por conta da entrada de sistemas frontais que são as frentes frias e com isso, as massas de ar, o que diminui a temperatura. Na região Sudeste, as chuvas devem ficar abaixo da média. O mesmo vai acontecer, segundo a meteorologista com boa parte do Centro-Oeste do país,

Ainda de acordo com a meteorologista, o El Niño ainda vai ser sentido em junho, mas tende até o final de junho estar na neutralidade.

— O El Niño já teve um pico máximo, que foi novembro, dezembro (de 2023) e a partir de janeiro já começou a diminuir a intensidade dele. Ele ainda está presente e, praticamente, finaliza esse mês. No entanto, o fato dele finalizar não significa que ele vai acabar de uma vez, não. Ele ainda vai ser sentido um pouquinho aí em junho, mas tende a neutralidade — explica Andrea.

A La Niña é o oposto do El Niño e deve refrescar boa parte do Brasil e do mundo. Como seu “irmão” climático, a Niña é um fenômeno global com impacto em todos os continentes. Com ela, são esperadas frentes frias mais intensas e prolongadas. O alívio do calor é bem-vindo, mas, como o Niño, a Niña também é uma anomalia e pode provocar secas e chuvas torrenciais.

— Comparado com o ano passado, que foi o ano mais quente, já tem a influência, pelo menos, para agosto, porque a tendência do La Niña que começa a se desenvolver. No geral, as temperaturas vão estar bem mais ou menos do que o ano passado.— afirma.

O que os cientistas dizem ser impossível de saber com certeza agora será a intensidade da Niña. Esse tipo de fenômeno pode ressurgir em intervalos de tempo que variam de 2 a 7 anos. O episódio mais recente registrado perdurou de julho de 2020 a fevereiro de 2023. E as Niñas costumam ser mais prolongadas do que os Niños.

Fonte: O Globo

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