“É um horror”, diz Hollande após ataques

Em reação aos ataques que deixaram mais cem mortos em Paris, o presidente francês, François Hollande, fez um pronunciamento de cinco minutos com a voz trêmula, pouco antes da meia-noite (21h em Brasília). Além de declarar estado de emergência em toda a França e fechar as fronteiras do país, o mandatário disse que os atentados desta sexta-feira (13) foram “um horror”, mas que a França não se deixaria intimidar.

“Face ao terror, a força tem que ser grande e as autoridades do Estado têm que ser firmes”, disse Hollande, que também posicionou o Exército para a capital francesa, onde foi imposto um toque de recolher.

Esta é a primeira vez que as autoridades francesas decretam estado de emergência em todo o país desde a Guerra da Argélia (1954-1962). Com a medida, o governo tem poder de controlar o tráfego e fechar espaços públicos.

O estado de urgência anunciado por Hollande foi interpretado pela mídia francesa como um declaração de guerra. Segundo o chefe de Estado francês, a decisão é uma resposta a “ataques terroristas sem precedentes”.

De acordo com o presidente, “o fechamento das fronteiras foi decidido para que as pessoas que cometeram esse crime possam ser detidas. Sabemos de onde veio esse ataque. Temos que mostrar compaixão e solidariedade, mas temos também que mostrar união”.

Apenas dez meses depois da carnificina no semanário satírico Charlie Hebdo, ataques com tiros e explosões abalaram Paris. Cerca de cem pessoas morreram na casa de shows Bataclan, no centro da capital francesa, enquanto ao menos outras 20 morreram em outros cinco locais dentro e na região de Paris, incluindo restaurantes e bares lotados.

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