É amor, paixão ou ansiedade? A ciência explica o que acontece com a gente

Amor? Paixão? Ansiedade? A ciência explica o que é aquela emoção à flor da pele que muda o comportamento e tira qualquer um do chão.

Um estudo feito no Departamento de Desenvolvimento Humano e Ciências da Família, da Universidade do Texas em Austin, nos Estados Unidos, mostra que há semelhanças entre os quadros de ansiedade e paixão. E os enamorados são mais vulneráveis a episódios de ansiedade.

Isso tem relação direta com a liberação do cortisol, o hormônio do estresse. Mas afinal qual a diferença? Amor? Paixão? Ansiedade? A ciência busca explicações.

Pioneirismo

Pioneira nos estudos sobre os efeitos da paixão no organismo humano, a antropóloga biológica Helen Fisher,  da Rutgers University (Estados Unidos), pesquisa o assunto há mais de 30 anos!

Os estudos de Fisher mostraram que, quando alguém se apaixona, químicos associados ao circuito de recompensa inundam nosso cérebro, produzindo uma variedade de respostas físicas e emocionais.

A pesquisadora foi clara na conclusão sobre os efeitos do cérebro apaixonado: os corações aceleram, as palmas das mãos suam, as bochechas ficam coradas, e o indivíduo tem sentimentos de paixão e ansiedade.

Paixão e ansiedade

Em 2005, a cientista publicou um estudo que incluiu as primeiras imagens de ressonância magnética dos cérebros dos indivíduos em meio a um amor romântico.

Depois de analisar, 2.500 imagens do cérebro de estudantes universitários que viram fotos de alguém especial para eles, os pesquisadores compararam os exames feitos quando estes mesmos voluntários olharam imagens de outros conhecidos quaisquer.

Os cientistas observaram as pessoas que eles amavam romanticamente fez com que o cérebro dos participantes se tornasse ativo em regiões ricas em dopamina e ansiedade.

A substância do amor

Outra substância química que entra em ação durante o amor romântico é a ocitocina: chamada de hormônio do amor. É liberada durante o sexo e aumentada pelo contato pele com pele.

A ocitocina também aprofunda os sentimentos de apego e faz com que os casais se sintam mais próximos um do outro depois de ter relações sexuais.

É um hormônio que provoca sentimentos de contentamento, calma e segurança, que muitas vezes estão associados à ligação que se estabelece com o parceiro ou a parceira.