A Folha destaca que com a ameaça de retaliações de setores do PMDB, a presidente Dilma Rousseff convocou a cúpula do partido para discutir no domingo (9) a crise que envolve o espaço da legenda na reforma ministerial e os problemas nas alianças estaduais. Os conflitos foram motivo de troca de farpas entre lideres dos dois partidos durante o feriado de Carnaval e aumentou dentro do PMDB a pressão por antecipar a convenção partidária para este mês, decidindo sobre o futuro da sigla nas eleições de outubro, e ainda a possibilidade de derrotas do Planalto no Congresso.
Há quem defenda que o PMDB feche o apoio nacional ao PT, mas libere os Estados. A reunião de Dilma com o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), foi confirmada nesta sexta-feira (7) durante encontro do ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) com o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), que contou ao final com a presença do chefe de gabinete da presidente, Giles Azevedo.
Na conversa, Mercadante e Raupp discutiram os problemas entre as legendas. A ideia, segundo o peemedebista, é que no domingo os dois partidos cheguem a um entendimento. Os principais focos de tensão estão nas montagens das candidaturas estaduais, especialmente no Rio e Ceará. As duas legendas só estariam juntas no Distrito Federal, no Pará, em Sergipe e no Amazonas.