Da Folha – A ex-presidente Dilma Rousseff afirmou na noite desta sexta-feira (17), que o “golpe ainda não acabou”. “O segundo golpe que esse País pode sofrer é que impeçam Lula de ser candidato (em 2018)”, disse a petista durante a abertura do 2.º Encontro Nacional de Mulheres Eleitas pelo PT, em Brasília. Dilma participou de uma mesa-redonda sobre o papel da mulher na política.
Para ela, há apenas duas hipóteses que fariam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não disputar as próximas eleições: não haver eleição direta e uma condenação dele na Justiça. “Ao invés de ser julgado, é considerado um inimigo. Então, tem de ser destruído (…) Seja por que método for, nós, mulheres, temos que nos preparar. O golpe ainda não acabou”, afirmou a ex-presidente.
Ela lembrou que Lula liderou as intenções de voto em todos os cenários na última pesquisa CNT/MDA. A ex-presidente disse ainda que a Operação Lava Jato é uma “operação excepcional” e, por conta disso, alguns consideram que possui “regras excepcionais”, que muitas vezes vão contra a Constituição.
“Usam a Justiça do inimigo para cima do Lula. Ao invés de ser julgado, ele é considerado inimigo, então tem de ser destruído”, declarou. Lula é réu em cinco inquéritos na Justiça, três deles no âmbito da Lava Jato. Dilma foi ovacionada pela plateia, formada por prefeitas, vice-prefeitas e vereadoras eleitas pelo partido em 2016.