Celebrada como solução definitiva para o fim da pandemia do novo coronavírus no país, a cloroquina entrou na rotina de hospitais públicos e privados como parte do tratamento da Covid-19, mas está longe de cumprir a expectativa depositada. O destaque deste sábado (2) está no jornal O Globo. Ainda que seu uso tenha sido regulamentado pelo Ministério da Saúde para casos graves, nos últimos 40 dias os registros de contágio e de mortes confirmadas pela doença aumentaram no país, médicos denunciaram reações adversas ao medicamento, seu uso preventivo foi descartado e até mesmo o ministro da Saúde, Nelson Teich, já considera que ele não pode mais ser tratado como um “divisor de águas” no tratamento dos casos da Covid-19, como fez crer o presidente.
O cloroquina é usada contra malária, lúpus e artrite reumatoide — depois de voltar de uma viagem aos Estados Unidos, em meados de março deste ano. Naquele país, o presidente Donald Trump citava o fármaco como resposta ao risco de uma tragédia ocasionada pela pandemia no país. Assim como ocorreu no Brasil, o discurso foi abandonado tão logo os EUA se tornaram nação com o maior número de casos confirmados (1,09 milhão) e de mortes no mundo (63,5 mil).