Datafolha: 79% dos que veem gestão de Tarcísio como positiva na cidade de SP aprovam câmeras corporais para PM

O governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos)
O governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos) — Foto: Bruno Rocha/Agencia Enquadrar

Uma nova pesquisa Datafolha aponta que quatro a cada cinco (79%) moradores da cidade de São Paulo que avaliam a gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) como ótima ou boa são favoráveis a policiais usarem câmeras em seus uniformes. O levantamento indica que, apesar das recentes declarações do chefe do Executivo paulista contrárias ao uso do equipamento, mesmo o eleitorado do aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aprova, em sua maioria, a medida.

A pesquisa, encomendada pelo jornal “Folha de S. Paulo”, entrevistou 1.090 pessoas entre os dias 7 e 8 de março deste ano. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Embora a maioria do eleitorado que avalia positivamente a gestão de Tarcísio apoie o uso de câmeras, essa adesão é menor que a registrada na população da cidade como um todo. Na capital, o percentual de apoio à medida soma 88%, enquanto apenas 8% dos moradores são contrários às câmeras.

Também fica abaixo do observado entre os moradores que veem o governo do aliado de Bolsonaro como regular e ruim ou péssimo. Entre os entrevistados que classificam a gestão de Tarcísio como regular, 94% responderam ser a favor do uso das câmeras por PMs. O índice fica numericamente acima do registrado entre os que avaliam a gestão como ruim ou péssima (92%).

O apoio ao uso do equipamento é maior também entre aqueles que avaliam positivamente o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na capital paulista, em que chega a 95% nesse segmento.

O uso de câmeras corporais pela polícia de São Paulo começou em 2020, através do programa “Olho Vivo”. O governador tem oscilado em suas posições em relação ao uso de câmeras corporais desde a campanha eleitoral de 2022. Durante a disputa, ele chegou a prometer tirar os equipamentos caso eleito, mas em outubro, pouco antes do primeiro turno, o ex-ministro da Infraestrutura voltou atrás da decisão, desagradando aliados bolsonaristas.

Em janeiro, Tarcísio voltou a criticar os equipamentos e afirmou que as câmeras nas fardas de PMs não protegem cidadãos.

— A gente não descontinuou nenhum contrato. Os contratos permanecem. Mas qual a efetividade das câmeras corporais na segurança do cidadão? Nenhuma — declarou Tarcísio.

Dias depois, o governador recuou e disse que poderia ampliar o emprego dos equipamentos. Ele ainda prometeu investimento “muito forte” em monitoramento e tecnologia para garantir segurança à população, tema que foi o calcanhar de Aquiles de seu primeiro ano de gestão.

— A câmera corporal é um dos componentes de tecnologia que se integram ao (programa) Muralha Paulista. Então, nós vamos avaliar o uso dessas câmeras e a possibilidade até de ampliação. Isso está sendo estudado na Secretaria de Segurança Pública — afirmou Tarcísio.

Fonte: O Globo

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