Crítica de Pimenta a sistema antienchente é cinismo, diz Mourão

Mourão.
O senador Hamilton Mourão (foto) criticou as declarações do ministro Paulo Pimenta sobre a falta de ajuda de governos federais anteriores ao RS

O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) criticou o “cinismo” da fala do ministro extraordinário da Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, sobre as casas de bomba de Porto Alegre serem de 1970. Sem citar nomes, o petista culpou os governos dos ex-presidentes Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL) pela falta de investimento em infraestrutura de prevenção no Rio Grande do Sul.

“O ministro deve ter memória curta, deve ter esquecido os governos Lula e Dilma, os governos Olívio e Tarso; bem como o fato de que a prefeitura de Porto Alegre esteve 16 anos, entre 1989 e 2005, nas mãos do PT”, declarou o vice-presidente em seu perfil no X (ex-Twitter) nesta 2ª feira (20.mai.2024).

As declarações de Pimenta foram dadas em entrevista ao canal no YouTube Barão de Itararé no domingo (19.mai.2024).

“Nós tivemos uma enchente maior que a de 1941, em torno de 70%. Em algumas cidades, a água passou por cima do dique, em outras, o dique rompeu. Das 23 bombas de Porto Alegre, duas funcionaram. Essas bombas são dos anos 1970. Seria como se cada um de nós aqui tivéssemos um Corcel 75, uma Brasília 76. Quando estraga uma peça, não existe outra”, disse o ministro.

O petista foi nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao cargo especial na semana passada. A criação da nova estrutura e a nomeação de Pimenta, então chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social), foram oficializadas na 4ª (15.mai) durante a viagem do chefe do Executivo a São Leopoldo (RS) e publicadas no Diário Oficial da União em edição extra.

Como ministro da reconstrução, irá coordenar as ações do governo federal no Rio Grande do Sul, atingido por fortes chuvas desde o fim de abril. A nova função existirá até 2 meses depois do encerramento do estado de calamidade pública no Estado, previsto para 31 de dezembro de 2024. Portanto, poderá ficar no cargo até fevereiro de 2025.

Fonte: Poder360

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