Covid-19: saiba quantas doses são recomendadas de acordo com sua idade e condição de saúde
Após dois anos desde o início da cobertura vacinal contra a covid-19, dúvidas sobre o tema ainda costumam surgir na população, dentre as quais está a quantidade de doses ideal. O número é estabelecido pelo Ministério da Saúde, após autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com base em evidências científicas de aumento e manutenção da imunidade e proteção contra a doença.
Segundo revelou o avanço do conhecimento científico, a imunidade gerada pelas vacinas revelou que a proteção tende a diminuir com o passar do tempo, entre seis e oito meses após a aplicação das duas doses iniciais. Para resgatar a prevenção contra o agravamento e a morte pela Covid-19, nesse sentido, a comunidade científica chegou ao consenso sobre a importância da aplicação de doses de reforço.
Estudos mostram que essa estratégia amplia a resposta imunológica e aumenta em mais de cinco vezes a proteção contra casos graves e óbitos pelo coronavírus. A definição sobre os públicos elegíveis para receber doses de reforço é feita pelo Ministério da Saúde, a partir da recomendação da Anvisa.
Uma dose de reforço (três doses totais)
O Ministério da Saúde orienta que uma dose de reforço, recomendada para pessoas entre 5 e 39 anos de idade, deve ser aplicada quatro meses depois da segunda dose ou dose única. Os imunizantes recomendados para as doses de reforço em pessoas a partir de 18 anos de idade são da Pfizer, AstraZeneca ou Janssen.
Para crianças de 5 a 11 anos, deve ser usada a vacina pediátrica da Pfizer. Para adolescentes entre 12 e 17 anos, deve ser utilizada preferencialmente a vacina da Pfizer. Caso não esteja disponível, pode ser utilizada a Coronavac.
Devem receber uma dose de reforço pessoas imunizadas com as vacinas da Pfizer, AstraZeneca e Coronavac com idade entre 5 e 39 anos.
Duas doses de reforço (cinco doses totais)
A segunda dose de reforço, no momento, é recomendada pelo Ministério da Saúde para a população a partir de 40 anos de idade e para trabalhadores da saúde, independentemente da idade.
Devem receber duas doses de reforço, com intervalo de quatro meses entre cada aplicação, pessoas imunizadas com as vacinas da Pfizer, AstraZeneca e Coronavac:
Com idade a partir de 40 anos;
Profissionais de saúde.
Dose adicional + doses de reforço (cinco doses totais)
Desde janeiro de 2022, o esquema primário de vacinação de imunocomprometidos passou a ser composto por três doses (Pfizer, AstraZeneca ou Coronavac). O esquema recomendado é de duas doses + dose adicional com oito semanas de intervalo entre as doses, sendo que o intervalo mínimo aceito entre as doses é de quatro semanas.
O Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO) ressalta que as doses de reforço também são recomendadas para os imunocomprometidos com intervalo a partir de quatro meses após a dose adicional.
Devem receber quatro doses (duas doses + uma adicional + uma de reforço) pessoas de 12 a 39 anos:
Com imunodeficiência primária grave;
Em quimioterapia para câncer;
Transplantados (de órgão sólido ou de células tronco), que fazem uso de drogas imunossupressoras;
Vivendo com HIV/Aids.
Devem receber cinco doses (duas doses + uma adicional + duas de reforço) pessoas acima de 40 anos nas condições de Imunocomprometimento citadas acima.
Crianças entre 6 meses e menores de 5 anos (duas ou três doses)
O esquema de vacinação primário de crianças entre 6 meses e 4 anos e 11 meses conta com diferentes números de doses, de acordo com o imunizante. Para a vacina da Pfizer pediátrica, são recomendadas três doses. Para a Coronavac, são duas doses.
Pfizer baby: a vacina da Pfizer para crianças entre 6 meses e 4 anos de idade tem dosagem e composição diferentes daquelas utilizadas para as faixas etárias previamente aprovadas, que inclui pessoas a partir de 5 anos.
A formulação da vacina autorizada pela Anvisa deverá ser aplicada em três doses de 0,2 mL (equivalente a 3 microgramas). As duas doses iniciais devem ser administradas com três semanas de intervalo, seguidas por uma terceira dose administrada pelo menos oito semanas após a segunda dose.
Coronavac: as crianças de 3 e 4 anos de idade que iniciaram o esquema de imunização com a vacina produzida pelo Instituto Butantan deverão ter o esquema primário finalizado com o mesmo imunizante, que conta com regime de duas doses, com intervalo de 28 dias.
Até o momento, não há recomendação do Ministério da Saúde sobre a aplicação de doses de reforço em crianças abaixo de 5 anos.