Covid-19: Brasil começa fase de estabilização do número de mortes

Embora o conjunto de estatísticas da Covid-19 no Brasil esteja longe de autorizar alívio, na casa de 1 milhão de casos e 50 000 mortes, um olhar mais detalhado das cifras permite um ensaio de otimismo: há estabilização. Análise dos dados do Ministério da Saúde feita pela Revista Veja mostra que desde o fim de maio o país mantém uma média de 987 vítimas diárias. O que poderia estar por trás dessa estabilização? Não há um único fator. Sabe-se, contudo, que o distanciamento social, mesmo parcial, foi fundamental. O uso de máscaras também contribuiu. A adequação aos distintos ritmos das diferentes regiões, e mesmo de cidades, colaborou, com a ampliação de leitos para os casos mais graves e o controle minucioso das autoridades de saúde de municípios e estados.

Na derradeira semana do mês passado e nas duas primeiras de junho, a expansão de infecções cresceu de 2% a 8%. A título de comparação, a menor taxa, antes dessa, tinha sido de 17% — e em alguns períodos de contagem houve um salto de mais de 90% (veja o quadro). Verificou-se, ainda, queda no índice de contágio pela terceira semana consecutiva. A taxa foi a 1,05, ou seja, cada 100 pessoas contaminadas transmitem o coronavírus para outras 105. É alto ainda, o ideal seria um patamar abaixo de 1, mas em abril estava na casa de terríveis 2,8.

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