Correios cortam adicionais no salário de trabalhador em quarentena

Os Correios passaram a descontar parte da remuneração de funcionários que estão em quarentena. O corte adotado na estatal vale mesmo para empregados do grupo de risco para contágio da Covid-19. A cúpula dos Correios baixou uma norma suspendendo adicionais, como distribuição de encomendas, e o vale-transporte de trabalhadores que estão afastados por causa da pandemia.

A estatal é presidida pelo general Floriano Peixoto Vieira Neto, que assumiu o cargo em junho do ano passado e já ocupou a Secretaria-Geral da Presidência da República. O general da reserva foi indicado para o comando dos Correios pelo presidente Bolsonaro.

A empresa pública, que tem cerca de 100 mil funcionários, afirma que o teletrabalho está autorizado para empregados classificados em grupos de risco, de acordo com orientação da OMS (Organização Mundial da Saúde), ou que moram com alguém acima de 60 anos ou com asma, pressão alta e diabetes, por exemplo.

Em caso de suspeita de contaminação e de sintomas da doença, o funcionário dos Correios pode se afastar imediatamente. Quem teve contato com o caso suspeito também pode pedir afastamento. Mas algumas funções da estatal não permitem trabalho remoto. Carteiros e atendentes de guichês de agências, por exemplo, perdem mais de 30% da remuneração ao entrar em quarentena.

Esse corte é provocado pela suspensão dos adicionais de atividades em distribuição ou coleta externa (atividade postal) e em atendimento em guichê. O extra por trabalho aos fins de semana também foi retirado.

Da Folha

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