Confio nos indicados, diz Haddad após decisão unânime do Copom

O ministro da Fazenda também afirmou que deve comentar sobre a decisão do Copom só depois que for liberada a ata da reunião; na imagem, Haddad (dir.) e o ex-secretário Gabriel Galípolo (esq.), atual diretor do BC indicado por Lula e um dos que votou pela manutenção da taxa

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a dizer nesta 4ª feira (19.jun.2024) que confia nos diretores do BC (Banco Central) para definir o patamar da Selic. O Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu por unanimidade manter a taxa básica de juros em 10,50% ao ano.

“De novo, tenho confiança nas pessoas indicadas. Acho que vamos seguir o rumo forte da economia. A economia vai crescer, vai gerar emprego”, declarou Haddad a jornalistas enquanto participava do Prêmio Faz Diferença, organizado pelo jornal O Globo, no Rio. 

Todos diretores do Banco Central, inclusive os 4 indicados pelo atual governo, seguiram o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, e optaram por manter a alíquota de 10,50%.

A decisão unânime do Copom (​​Comitê de Política Monetária) se deu apesar de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter subido o tom e criticado Campos Neto na véspera do anúncio. Na reunião de maio, foi observada uma racha nos integrantes do colegiado.

O ministro da Fazenda também afirmou que deve comentar sobre a decisão do Copom só depois que for liberada a ata da reunião desta 4ª feira (19.jun). Foi o mesmo padrão que seguiu na decisão sobre os juros tomada em maio. 

“Se eu falar sobre isso, vai ser depois da ata, como eu tenho feito nas últimas ocasiões. Vou ler o comunicado com calma”, disse. 

Perguntado se a manutenção da taxa traz obstáculos para a equipe econômica, o titular da Fazenda respondeu que “qualquer que seja”, a equipe econômica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá “superar”. 

Haddad já havia dito em 13 de junho que confia nos diretores do Banco Central. Naquela semana, começou a se consolidar as expectativas de que a Selic permaneceria inalterada.

A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Influencia diretamente as alíquotas que serão cobradas de empréstimos, financiamentos e investimentos. No mercado financeiro, impacta o rendimento de aplicações.

Os indicados do atual presidente são:

Fonte: Poder360

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