Comporta de segurança se rompe em Porto Alegre após chuvas

Rio Guaíba transbordou por causa das chuvas no Rio Grande do Sul
Imagem aérea mostra inundação causada pela alta do Guaíba em Porto Alegre

Uma 2ª comporta de segurança, localizada na zona norte de Porto Alegre, se rompeu na tarde desta 6ª feira (3.mai.2024). O portão 14 foi rompido pela força das águas que se acumulam em razão dos temporais que atingem o Rio Grande do Sul.

A informação é do prefeito da capital gaúcha, Sebastião Melo (MDB). Depois de ser comunicado, ele perguntou: “Todo o portão?”. A confirmação vem em seguida.

A comporta fica embaixo da avenida Sertório e abre caminho para a rua Voluntários da Pátria, perto do DC Navegantes.

“Aquele não é um dos maiores portões que temos. Ali é uma região plana e pode avançar Sertório adentro. Não podemos prever o quanto a água pode avançar”, disse o prefeito, ao solicitar que todo o efetivo da Defesa Civil seja deslocado para a região da comporta rompida.

O portão 14 ruiu no final da manhã desta 6ª feira (3.mai), quando tanques do Exército chegavam para reforçar a estrutura.

Pouco antes de ser comunicado sobre o rompimento da comporta, Melo havia recomendado o fechamento do comércio pelo menos até o próximo domingo (5.mai) em razão de iminente alagamento do Centro Histórico e do 4° Distrito de Porto Alegre.

Vamos escorar nossos portões entre o 12 e o 14 porque eles têm problemas, sim”, disse, ao citar que já haviam sido colocados sacos de areia em ambos os portões e, ainda assim, havia problemas de vazamento.

Ao citar o que chama de “evacuação orientada”, o prefeito disse: “quero apelar para as pessoas. Já que o comércio está fechando, penso que as pessoas que estão mais próximas do rio [Guaíba] deveriam também tomar essa providência de deixar o 4º Distrito”.

“Não posso chegar aqui e dizer ‘Garanto que 100% do portão não vai romper’. Não posso fazer isso e nem o engenheiro pode fazer isso. Tenho que trabalhar com todas as possibilidades. Nessas possibilidades, acho que sim, é razoável pedir para os moradores, especialmente do Centro Histórico e do 4º Distrito, que possam, além de fechar o comércio, não circular. Aqueles que puderem sair, evidentemente, essa é a recomendação do prefeito”, afirmou o prefeito, antes do rompimento.

Ainda durante a entrevista a jornalistas, o prefeito informou que Porto Alegre contabiliza 450 pessoas desabrigadas. Ao todo, 3 abrigos estão recebendo vítimas das enchentes na cidade e um novo abrigo está sendo montado no bairro Menino Deus.

“Estamos analisando outras possibilidades –dentre elas, o [ginásio de esportes] Gigantinho. Durante o dia, tomaremos mais decisões, de acordo com o número de desabrigados que, a cada momento, aumenta”, afirmou.

“Sei que todo mundo, neste momento, quer ajudar e isso deve ser louvável e [ficamos] muito agradecidos. Mas não levem doações aos abrigos. Isso nos cria uma grande dificuldade. As doações devem ser levadas para a Defesa Civil. Ela organiza a distribuição”, disse. “É um apelo que faço: precisamos de doações, muitas doações. Mas elas devem ser dirigidas aos locais certos para que a gente possa direcionar corretamente.”

Na noite da 5ª feira (2.mai), a prefeitura decretou estado de calamidade pública em Porto Alegre. O instrumento classifica o desastre como de grande intensidade (nível 3). Na prática, o decreto –baseado em pareceres da Defesa Civil municipal e da Fasc (Fundação de Assistência Social e Cidadania)– autoriza a administração a empregar todos os recursos e voluntários na assistência à população e restabelecimento de serviços.

Além de as chuvas terem causado ao menos 31 mortes e deixado 74 pessoas desaparecidas, elas ainda afetaram os serviços de telecomunicações, dificultando ainda mais os trabalhos das equipes de resgate.

Com informações da Agência Brasil.

Fonte: Poder360

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