Com temperaturas acima de 45ºC, onda de calor fecha escolas e deixa pelo menos 30 mortos no Sudeste Asiático

Alunos chegam para a aula em uma escola em Daca, em meio à onda de calor no Sudeste Asiático
Alunos chegam para a aula em uma escola em Daca, em meio à onda de calor no Sudeste Asiático — Foto: Munir Uz Zaman/AFP

O Sudeste Asiático voltou a registrar temperaturas muito acima da média neste domingo, depois de uma semana marcada por uma onda de calor com picos de mais de 45ºC, o que obrigou a suspensão das aulas em vários países e causou pelo menos 30 mortes na Tailândia.

No início deste mês, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alertou que mais de 243 milhões de crianças em toda a Ásia Oriental e no Pacífico estão em risco de doenças e mortes relacionadas ao calor, enquanto a região se prepara para um verão incomumente quente.

Neste domingo, o governo das Filipinas anunciou a suspensão das aulas presenciais em todas as escolas públicas durante dois dias, após o calor recorde na capital, Manila. Março, abril e maio são geralmente os meses mais quentes e secos nas Filipinas, mas as condições deste ano foram exacerbadas pelo fenômeno climático El Niño.

Na Tailândia, onde pelo menos 30 pessoas morreram vítimas do calor desde o início do ano, o departamento meteorológico alertou para “condições severas” depois que a temperatura superou 44,1ºC em uma província do norte no sábado.

A onda de calor também afeta Camboja, Mianmar, Vietnã, Bangladesh e Índia, que está realizando as maiores eleições do mundo e os meteorologistas alertaram que as temperaturas podem superar 40ºC nos próximos dias.

— Vim para a escola com minha filha de 13 anos. Ela estava feliz porque a escola estava aberta, mas foi tenso. O calor é muito forte — disse à AFP Lucky Begum. Sua filha frequenta uma escola pública em Dacca, Bangladesh, onde as escolas retomaram as atividades neste domingo, após vários dias de suspensão das aulas devido às temperaturas elevadas.

Em Mianmar, onde o termômetro atingiu 45,9°C na quarta-feira na cidade de Chauk, no centro-oeste do país, muitos cidadãos procuraram proteção com a sombra das árvores nos parques públicos.

— Não arrisco sair durante o dia. Estou preocupado com a possibilidade de um golpe de calor — afirmou San Yin, uma operadora de caixa de 39 anos de Yangun, a maior cidade do país.

A ONU alertou na terça-feira que a Ásia estava registrando um aumento da temperatura acelerado, após os recordes de temperatura no planeta em 2021.

Os cientistas acreditam que as ondas de calor são cada vez mais longas, intensas e frequentes devido às mudanças climáticas.

Fonte: O Globo

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