Com aeroporto de Porto Alegre inundado após chuvas, interior do RS tem voos comerciais ampliados

Aeroporto de Porto Alegre ficou debaixo d'água após chuvas históricas no RS
Aeroporto de Porto Alegre ficou debaixo d'água após chuvas históricas no RS — Foto: Divulgação / Maurício Tonetto / Governo do Rio Grande do Sul

O governo do Rio Grande do Sul anunciou, nesta terça-feira (14), que, com o fechamento por tempo indeterminado — pelo menos até setembro — do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, inundado por conta das chuvas, os aeroportos regionais começaram a receber novos voos comerciais. O objetivo, segundo o estado, é diminuir o impacto do fechamento do terminal localizado na capital. Durante a tarde, após sobrevoo em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, o governador Eduardo Leite (PSDB-RS) falou sobre a importância desses locais de pouso, tanto para a chegada de ajuda humanitária, quanto pensando na alta temporada turística, no inverno.

— O Aeroporto de Porto Alegre deve ficar por algum tempo fechado até conseguir retornar os serviços e estamos trabalhando para que nossos aeroportos do interior possam ter a capacidade de voos ampliada. O governo federal também está se mobilizando para isso. São ações emergenciais em aeroportos que têm estrutura, recebendo o maior número de voos possível para que as cidades não sofram ainda mais com o impacto das chuvas, estejam prontas para receber turistas de novo na alta temporada de inverno, com conforto, segurança, garantindo melhor atendimento.

Desde o começo das chuvas, o segundo maior terminal do interior do estado, o Aeroporto Lauro Kurtz, de Passo Fundo, está servindo de base para reabastecimento de aeronaves que estão atuando nas ações de resgate. Os demais aeroportos administrados pela Selt (Torres, Capão da Canoa, Canela, Erechim, Carazinho e Rio Grande) estão operando normalmente, segundo o governo. O de Rio Grande, que estava fechado para obras, foi reaberto em 10 de maio.

Nesta terça-feira, o ministro dos Transportes, Renan Filho, chegou ao Rio Grande do Sul para vistoriar uma série de obras de recuperação de rodovias atingidas pelas chuvas. De acordo com o ele, a preocupação neste momento é garantir celeridade na adequação e liberação das vias também a carros de pequeno e médio porte, com o restabelecimento de maneira segura do fluxo viário para a população – até o momento, o tráfego só é permitido para veículos de emergência e com doações, maquinário e itens essenciais.

— Nosso intuito agora, é que além dos caminhos assistenciais, que estão avançando, a gente possa garantir a retoma das condições para a trafegabilidade. Assegurar que ela seja reestabelecida para as pessoas o quanto antes e, acima de tudo, de maneira segura — disse Renan Filho à imprensa.

O ministro fez uma vistoria técnica na BR-116, entre os municípios gaúchos de Esteio e Portão, inclusive na ponte do Rio dos Sinos e no Viaduto da Scharlau – estruturas afetadas pela força das águas. Outro ponto vistoriado foi a ponte sobre o Rio Caí, na BR-116 (km 174, na divisa entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis). Renan Filho esteve ainda na erosão da BR-116 (km170 – Vila Cristina, em Caxias do Sul).

— De cima da ponte sobre o Rio Caí a gente pode ver como um dos pilares cedeu e ela baixou. De imediato, vamos enviar uma equipe técnica para identificar as condições atuais para instalação de uma ponte provisória que garanta o fluxo. Acreditamos que será possível fazer uma passagem lateral com uma ponte metálica e, assim, assegurar acesso na BR-116, retomando a conexão de Caxias até a cidade de Porto Alegre — acrescentou.

Segundo o governo estadual, há 100 trechos com bloqueios totais e parciais em 51 rodovias, entre estradas, pontes e balsas. As interdições podem ser consultadas num mapa publicado pela Defesa Civil.

Fonte: O Globo

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