Cinco das dez pessoas que morreram no incêndio de uma pousada em Porto Alegre, na madrugada desta sexta-feira, foram identificadas pelo Instituto Geral de Perícias do Rio Grande do Sul. Além dos óbitos, outras 15 pessoas ficaram feridas após o prédio, que não tinha alvará para funcionar, segundo o Corpo de Bombeiros, pegar fogo.
Procurado, o Instituto confirmou que a identidade de quatro homens e de uma mulher foram identificadas entre as vítimas, porém disse que não divulgará os nomes oficialmente. Segundo a RBS TV, afiliada da TV Globo em Porto Alegre, os corpos foram enterrados neste sábado, na capital gaúcha.
A pedido da família, a emissora não revelou o nome de uma vítima. As outras quatro foram identificadas como Silvério Roni Matim; Dionathan Cardoso da Rosa; Maribel Teresinha Padilha e Julcemar Carvalho Amador.
De acordo com a RBS TV, quatro delas foram levadas para duas capelas do Cemitério São João, na Zona Norte de Porto Alegre, e os velórios duraram cerca de meia hora. Pelos corpos terem sido carbonizados durante o incêndio, os caixões permaneceram fechados.
Ainda segundo a emissora, os custos do sepultamento foram cobertos por uma funerária. Não havia familiares ou amigos das vítimas nos enterros. A pousada recebia moradores em situação de rua por meio de um convênio com a prefeitura.
Representantes de movimentos sociais de luta por moradia e em defesa da população em situação de rua estiveram presentes, assim como o secretário de Desenvolvimento Social de Porto Alegre, Léo Voigt, responsável pela pasta que cuida do convênio com a pousada.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o prédio de três andares não tinha autorização para funcionar como hospedagem. No entanto, a Secretaria Municipal de Assistência Social e os proprietários da pousada, da Rede Garoa, contestam a informação. Os donos e a Defesa Civil do município falaram em incêndio criminoso, hipótese negada pela Polícia Civil.
Fonte: O Globo