Ciclone no RS: prefeito de Muçum diz que há ‘outros corpos’ no hospital do município

Mateus Trojan (MDB), prefeito do município gaúcho de Muçum
Mateus Trojan (MDB), prefeito do município gaúcho de Muçum — Foto: Reprodução

O prefeito do município gaúcho de Muçum, Mateus Trojan (MDB), descreveu a situação na cidade como nesta quinta-feira “caótica” e “catastrófica”. A localidade é uma das mais impactadas com a passagem de um ciclone extratropical e tem, até o momento, 14 mortes confirmadas. Mas o número pode subir, pois há desaparecidos e corpos para serem identificativos. O governo do Rio Grande do Sul informou que 39 pessoas morreram em todo o estado nesta tragédia ambiental.

— A cidade está caótica, está em uma situação catastrófica, sem precedentes. E a gente sabe que levaremos tempo para reconstruir — disse o prefeito.

Trojan acrescentou que ainda nesta quinta-feira deve ser feito um comunicado oficial com a listagem das vítimas que morreram na tragédia ambiental.

— Em breve deverá ser feito um comunicado oficial com a relação das mortes confirmadas. No município de Muçum, até agora, temos 14 óbitos confirmados. Existem outros óbitos, outros corpos aqui no hospital de Muçum, mas que não são de moradores de Muçum. Temos ainda alguns desaparecidos e estamos com as equipes tentando a localização ou então a confirmação de óbito — afirmou.

O prefeito explicou as dificuldades para a normalização do abastecimento de água. De acordo com ele, há bombas comprometidas e locais sem condições de instalar um gerador de eletricidade.

— Mesmo nos locais onde instalamos geradores, pelo comprometimento da rede, o abastecimento acaba não conseguindo perdurar — disse Trojan.

No entanto, há caminhões-pipa que chegaram de outros municípios e vão começar a remoção de lama das ruas. Trojan também informou que uma operadora de telefonia já restabeleceu o sinal na cidade e uma outra deve fazer o mesmo em breve.

— É uma primeira ação para o pessoal conseguir se comunicar. A falta de comunicação dificulta muito todos os trabalhos e questões de informações — afirmou.

Trojan agradeceu as doações recebidas até o momento, mas pediu para que não sejam feitos mais donativos neste momento. O prefeito explicou que não há mais espaço disponível para armazenar os mantimentos e roupas.

— Nós pedimos para o pessoal que ainda não saiu das suas localidades para trazer doações para cá: não mandem doações de alimentos agora, segurem, nós vamos precisar na segunda ou terça-feira da semana que vem para repor o estoque que fizemos em vários salões aqui.

— Temos muitas doações recebidas. Neste momento, pela dificuldade de organização, quem ainda não mandou, pedimos que segure ou direcione para outras cidades que ainda não receberam tantos mantimentos — acrescentou.

Fonte: O Globo

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