Chuvas que mataram 10 é o maior desastre já enfrentado pelo Rio Grande do Sul, diz governador

Chuvas no RS: FAB envia helicópteros e resgata família ilhada em casa tomada por enchente
Chuvas no RS: FAB envia helicópteros e resgata família ilhada em casa tomada por enchente — Foto: Reprodução

Ao fazer um balanço das chuvas que mataram ao menos 10 pessoas no Rio Grande do Sul, o governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou que a tragédia “será o maior desastre que nosso estado já tenha enfrentado”.

— Maior que o do ano passado, é um momento muito crítico — comparou Leite, em coletiva em Porto Alegre — Ano passado tivemos enxurrada mas em seguida o tempo nos deu condição de entrar em campo e salvar centenas de vida. Nesse momento estamos tendo muitas dificuldades operacionais para colocar equipes em campo.

O governador disse que falou por telefone com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ele deve visitar amanhã o Rio Grande do Sul. As aulas foram suspensas em todo o estado até sexta-feira, acrescentou Leite.

Leite disse lamentar as dez mortes, mas admitiu que “infelizmente esse número tende a aumentar muito”. O governador pediu ajuda das Forças Armadas não só como apoio, mas na coordenação da operação, porque a situação no estado “é um cenário de guerra”.

— Agora há pouco consegui falar com presidente Lula e pedir mais do que o apoio do governo federal e das Forças Armadas a efetiva participação e liderança daqueles que tem treinamento para situação de caos e guerra. É situação de guerra nesses municípios, com estradas rompidas, deslizamentos — disse Leite nesta quarta-feira.

O governo do Rio Grande do Sul realizou 913 resgates de atingidos pelas chuvas nesta semana, acrescentou Leite.

— Vão aumentar muito nos próximos dias — previu.

Segundo boletim da Defesa Civil divulgado às 18h, há 114 municípios afetados pelas chuvas no estado. São 1.072 pessoas em abrigos, 3.416 desalojadas e mais de 19 mil moradores afetados ao todo pela catástrofe climática.

— Os números são muito preliminares — avisou Leite. — A crise está em curso. Ainda chove muito.

Localizada entre Cotiporã e Bento Gonçalves, a Barragem 14 de Julho sofre um risco real de rompimento, alertou o governador. Com a alta vazão do Rio das Antas, a Companhia Energética do Rio das Antas pediu a retirada das pessoas que moram nas proximidades.

— Caso continuem as chuvas podemos ter rompimento — admitiu Leite.

Fonte: O Globo

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