Chuvas no RS: Guaíba pode atingir nível recorde de 5,4 m ainda nesta terça-feira

Governador sobrevoa Porto Alegre e regiões atingidas pelas cheias do Guaíba
Governador sobrevoa Porto Alegre e regiões atingidas pelas cheias do Guaíba — Foto: Reprodução/Redes sociais

O Guaíba pode chegar ao nível recorde ainda nesta terça-feira (14), com a cheia chegando aos 5,4 m. De acordo com o Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IPH/UFRGS), em boletim publicado nesta segunda-feira, a nova alta — ou repique — ocorre devido às chuvas sobre a bacia do lago no fim de semana e depende da ação do vento sul, que já chega aos 50 km/h na Lagoa dos Patos.

A alta superaria a máxima de 5,33 m da segunda-feira passada (6). A estimativa feita pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul aponta que o Guaíba pode chegar a 5,60 metros nos próximos dias.

Caso a projeção se confirme, as águas que tomam conta da capital gaúcha vão superar em 25 centímetros o recorde registrado em 4 de maio, quando os medidores chegaram a 5,35 metros. O recorde anterior era da enchente de 1941, quando o nível alcançou os 4,76 metros. As informações são do Centro Integrado de Coordenação de Serviços, obtido às 7h15 por meio da régua da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestruturas (SEMA) e Agência Nacional de Águas (ANA), no Cais Mauá.

O boletim do IPH/UFRGS anterior, divulgado no início da tarde do domingo, previa que o lago pudesse alcançar o patamar de 5,5 metros por conta das novas chuvas entre segunda e terça-feira. A previsão foi reajustada nesta segunda-feira.

O Guaíba voltou ao nível de 5,20 metros na manhã desta terça-feira (14), com tendência de nova cheia no lago. Com as chuvas no Rio Grande do Sul, o estado segue em alerta de inundação severa para o Vale do Taquari e Grande Porto Alegre. Na capital gaúcha, o Guaíba segue acima da cota de inundação, e está sendo afetado por um repique, quando o nível que havia baixado volta a subir.

Nove de dez locais monitorados pela Defesa Civil estão acima da cota de inundação, de acordo com dados hidrológicos do DRHS-SEMA. A cota de inundação marca o nível no qual os primeiros danos são observados na região afetada.

Fonte: O Globo

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