A Braskem, maior produtora de resinas termoplásticas das Américas e líder mundial na produção de biopolímeros, paralisou a operação das seis unidades industriais localizadas no Polo Petroquímico de Triunfo, que fica a cerca de 52 quilômetros de Porto Alegre. Juntas essas unidades produzem mais de cinco milhões de toneladas de químicos e resinas termoplásticas por ano, o que corresponde a cerca de 30% do volume de produção da companhia. Apesar da interrupção, a Braskem afirma que não há risco de desabastecimento nesse momento. A petroquímica informa que as suas demais plantas operam normalmente e trabalha com volume de estoque de resinas superior a 30 dias. A empresa pondera, no entanto, que “questões logísticas são fundamentais para a retomada do abastecimento ao mercado e, atualmente, o Rio Grande do Sul passa por dificuldades neste sentido.”
Entre as seis unidades da empresa no Polo Petroquímico do Rio Grande do Sul, está a única unidade de produção de biopolímeros da empresa que são exportados para todo o mundo. A unidade de eteno renovável, matéria-prima produzida a partir do etanol da cana-de-açúcar e utilizada para a produção de resinas renováveis que capturam CO2 da atmosfera, um dos gases causadores do efeito estufa.
Segundo a empresa, a suspensão das atividades no polo de Triunfo foi adotada “como medida de segurança para seus integrantes, parceiros e comunidades do entorno.” Neste momento, informa a petroquímica, técnicos realizam a supervisão e o acompanhamento das principais estruturas do complexo de Triunfo que se encontra com limitação de acesso, mas sem pontos de alagamento. a Brasken afirma que o retorno da produção no polo se dará somente quando forem restabelecidas condições seguras.
A Braskem tem 40 unidades industriais distribuídas em nove países, além do Brasil: Argentina, Alemanha, Colômbia, Chile, Estados Unidos, Holanda, Peru e Singapura. No Brasil, além do Rio Grande do Sul, a empresa tem operação em Alagoas, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo.
Na quinta-feira, a Braskem divulgou o resultado financeiro do primeiro trimestre deste ano, quando a companhia registrou um aumento de 9% no EBITDA recorrente em comparação com o trimestre anterior, totalizando R$ 1,1 bilhão, um aumento de 7% em comparação ao mesmo período de 2023.
Fonte: O Globo