Cena de assessores puxando cadeiras no STF viraliza na internet

Ministros do Supremo Tribunal Federal
Acima, da esq. para dir., os assessores dos ministros Dias Toffoli, Roberto Barroso e André Mendonça puxam as cadeiras para que os magistrados possam sentar

Uma cena comum e tradicional no Supremo Tribunal Federal chamou a atenção de usuários de redes sociais na semana passada e acabou viralizando na internet: o trabalho de assessores dos ministros que puxam as poltronas para que cada um dos magistrados se sente antes do início das sessões de julgamento no plenário.

A imagem que ganhou destaque nas redes foi na 4ª feira (19.jun.2024), antes do início do julgamento da ação sobre a reforma da Previdência. Os funcionários ficam em pé, perfilados atrás das cadeiras, aguardando a chegada dos ministros. Esses trabalhadores são conhecidos como “capinhas”, por causa do uniforme que usam (uma pequena capa nas costas, menor do que a dos juízes). Eles puxam as cadeiras, esperam os magistrados se sentarem e dão uma pequena ajuda para que cada um deles se aproxime da bancada do plenário.

A seguir, o vídeo da sessão da última 4ª feira (1min10s):

Esse tipo de trabalho reverencial dos assessores para os ministros do STF é tradicional. Na sessão da última 4ª feira, chama a atenção que o único que dispensa o serviço é Alexandre de Moraes, que se senta sozinho em sua poltrona, sem ajuda de nenhum funcionário.

Nas redes sociais, a cena foi multiplicada em vários perfis no X (ex-Twitter), LinkedIn e outras plataformas. Há uma animosidade crescente de parte dos eleitores em relação ao STF nos últimos anos, algo que se firmou durante o governo do então presidente Jair Bolsonaro (2019-2022), que trocou várias acusações com os magistrados do Supremo.

Cada frase e cada atitude dos 11 magistrados passou a sofrer maior escrutínio do público nos últimos tempos.

A razão de uma cena que se repete há anos –assessores ajudando os ministros a se sentarem– acabou ganhando relevo nas redes sociais só agora. É uma demonstração de que o clima beligerante contra a Corte por parte dos eleitores ainda continua aquecido, apesar de o governo Bolsonaro já ter se encerrado há 1 ano e meio.

Fonte: Poder360

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