CCJ da Câmara analisa prisão de Chiquinho Brazão nesta 3ª feira

Chiquinho Brazão
Na foto, o deputado federal Chiquinho Brazão, acusado de ser o mandante do assassinato de Marielle Franco

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados analisará nesta 3ª feira (26.mar.2024) o pedido de prisão do deputado Chiquinho Brazão. Ele está preso desde domingo (24.mar) depois de uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). 

Brazão é acusado de ser o mandante do assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Além dele, seu irmão, o conselheiro do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro) Domingos Brazão, também é apontado como um dos mandantes.

A CCJ irá analisar a legalidade da prisão antes de levar o caso ao plenário da Câmara. O relator do caso é o deputado Darci de Matos (PSD-SC). 

Na 2ª feira (25.mar), Moraes enviou um ofício à Câmara para informar a prisão do congressista. No documento, o ministro justifica a prisão em flagrante por obstrução de Justiça. 

A tendência, nos corredores do Congresso, é que os deputados votem pela manutenção da prisão do deputado, expulso pelo União Brasil no domingo. A decisão de manter ou não a detenção é tomada por maioria absoluta dos deputados em votação aberta. Ou seja, ao menos 257 votos dos 513.

Leia abaixo outros detalhes como é o costume da votação dos deputados sobre a manutenção da prisão: 

A Câmara ainda deve discutir a cassação do mandato do , após um pedido enviado pelo Psol. O documento ainda não foi parar no Conselho de Ética, mas a expectativa é que um parecer seja emitido após o feriado de Páscoa. 

Marielle e Anderson foram mortos na noite de 14 de março de 2018. A vereadora havia saído de um encontro no instituto Casa das Pretas, no centro do Rio. O carro em que a vereadora estava foi perseguido pelos criminosos até o bairro do Estácio, que faz ligação com a zona norte. 

Investigações e uma delação premiada apontaram o ex-policial militar Ronnie Lessa como autor dos disparos. Teria atirado 13 vezes em direção ao veículo.

Lessa está preso. Já havia sido condenado por contrabando de peças e acessórios de armas de fogo. O autor da delação premiada é o também ex-PM Élcio Queiroz, que dirigia o Cobalt usado no crime.

Outro suspeito de envolvimento preso é o ex-bombeiro Maxwell Simões Correia, conhecido como Suel. Seria dele a responsabilidade de entregar o Cobalt usado por Lessa para desmanche. Segundo investigações, todos têm envolvimento com milícias. 

No fim de fevereiro, a polícia prendeu Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como Orelha. Ele é o dono do ferro-velho suspeito de fazer o desmanche e o descarte do veículo usado no assassinato.

Fonte: Poder360

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