Casas incendiadas da família Rueda em Pernambuco valiam R$ 5 mi

Casa fogo Rueda
Casa de verão de Rueda fica na praia de Toquinho, em Pernambuco; não houve feridos

Os imóveis incendiados do presidente eleito do União Brasil, Antonio de Rueda, e de sua irmã, Maria Emília, que é tesoureira do partido, eram avaliados em R$ 5 milhões. O caso é investigado pela PCPE (Polícia Civil de Pernambuco).

“Em relação ao incidente, encaminhamos o caso para a Polícia Civil, que deu início à perícia técnica. Eu também contratei uma perícia particular, que não foi concluída. Mas em laudo preliminar, indica que se trata de um incêndio criminoso. Não foi um acidente, as casas tinham no máximo 5 anos de construção”, declarou Rueda.

O presidente eleito do União também disse ter encaminhado o caso ao STF como um “atentado atípico”. Será incluído no processo já aberto sob relatoria de Kassio Nunes Marques contra o presidente interino da sigla, deputado Luciano Bivar (PE), por supostas ameaças feitas a Rueda. 

“Ele está desequilibrado e precisa procurar um psicólogo para entender o que está acontecendo”, disse Rueda. 

Ele afirmou ter contratado uma empresa de segurança para fazer sua proteção e da família: “Bivar fez ameaças a mim e à minha família. Ameaças de morte. Todas por telefone”.

Rueda também negou que sua mulher, Flor da Fonte Rueda, tenha roubado um cofre do apartamento de Bivar. Em conversa com jornalistas na 3ª feira (13.mar), o deputado acusou a mulher de ter levado um “valor significativo” do apartamento. 

“Ele está atacando de forma desenfreada a mim e minha família. Minha esposa nunca se apropriou de nada. Isso é calúnia. Mais uma de suas covardias. Ele está achando que ao atacá-la, irá me desestabilizar”, afirmou Antonio de Rueda.

A Executiva do União Brasil aprovou o requerimento que determina a expulsão e cancelamento de filiação do presidente interino do partido, Luciano Bivar. A decisão se deu nesta 4ª feira (13.mar.2024) depois de ele protagonizar uma disputa interna com o presidente eleito da sigla, o advogado Antonio de Rueda. Leia o requerimento (PDF – 628 kB).

Na prática, a Executiva só recebeu uma representação contra Bivar e a encaminhou para Conselho de Ética do partido. Com isso, Antonio de Rueda irá designar 1 relator da Executiva Nacional para analisar o caso. O relator fica responsável por apresentar aos integrantes do União a aplicação de alguma medida cautelar (afastamento e/ou expulsão) ou a continuidade do processo no conselho.

Segundo o ex-prefeito de Salvador e secretário-executivo do União, ACM Neto, nenhuma decisão “foi antecipada”. Afirmou que os integrantes do partido irão “analisar as substâncias das denúncias para depois fazer a manifestação”.

“Aqui nós cumprimos o Estado Democrático de Direito. Não vamos responder o presidente nas ameaças, agressões e baixaria, tudo será feito respeitando as esferas do poder”, declarou.

O Poder360 já havia antecipado na 3ª feira (12.mar) que a Executiva do União Brasil analisava a suspensão e a expulsão de Bivar do partido. O prazo para que o presidente interino apresente sua defesa segue de 72 horas.

Em entrevista ao Poder360, Bivar disse que seus advogados iriam “cuidar da defesa” para o partido. Afirmou que seguiria o que fosse decidido. 

O recente episódio de incêndio na casa de Antonio de Rueda e de sua irmã, Maria Emília, que é tesoureira do partido, em Pernambuco, piorou o clima dentro do partido. Embora não haja provas sobre o suposto envolvimento de Bivar ao caso, integrantes do União Brasil falam em crime político.

O fogo na casa do advogado Antonio de Rueda, localizada na praia de Toquinho, deu-se cerca de 15 dias depois de ele ser eleito presidente do União Brasil em uma disputa que envolveu briga e troca de ameaças com Luciano Bivar.

A chapa de Rueda foi encabeçada pelo advogado e pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto, que será o novo vice. A vitória foi unânime. 

Bivar tentou impedir as eleições e anunciou o cancelamento do evento, mas a maioria do partido reverteu a decisão para que a convenção fosse realizada.

Antes das eleições, em 26 de fevereiro, houve uma conversa por telefone entre os 2. Terminou com xingamentos e ameaças. Esse diálogo deu origem a um áudio, posteriormente divulgado entre aliados de Rueda.

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Fonte: Poder360

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