Campanha de Lula resiste em rever tom sobre corrupção, mas reavalia participação em debates

A resposta tímida do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à ofensiva do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o tema corrupção durante o debate de domingo (28) provocou apreensão no comando da campanha do petista.

Integrantes da equipe avaliam que Lula perdeu o timing ao ser questionado sobre corrupção na Petrobras pelo chefe do Executivo, seu principal adversário na corrida eleitoral. Militantes do partido cobraram nas redes uma reação mais enfática do ex-presidente.

Apesar disso, a cúpula da campanha resiste à mudança na estratégia definida até o momento —de não dar enfoque ao tema.

Nas palavras de um integrante da cúpula petista, Lula não pretende levar o debate “ao pântano” que, na opinião dele, seria uma zona de conforto para Bolsonaro. A campanha, dizem aliados, segue pautada por temas da economia.

A ideia, segundo interlocutores de Lula, é fazer com que o tema seja abordado em peças divulgadas nas redes sociais e durante entrevistas concedidas pelo ex-presidente —e, a princípio, não levar o assunto ao horário eleitoral em rádio e TV.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante sua participação do debate
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante sua participação do debate – Marlene Bergamo/Folhapress

“Só interessa a quem não tem propostas ficar falando do passado”, diz o advogado Cristiano Zanin, que integra a coordenação jurídica da campanha. Segundo ele, o tema já foi exaustivamente tratado pelo ex-presidente.

Da Folha

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