Câmara Municipal de SP aprova 1ª votação da privatização da Sabesp

Votação da privatização da Sapesp na Câmara Municipal de SP
A 2ª votação do PL 163 de 2024, que altera a legislação e autoriza SP a aderir à privatização e manter os contratos com a Sabesp uma vez sob comando da iniciativa privada, será definitiva; na imagem, telão da Câmara Municipal com o placar da votação

A Câmara dos Vereadores de São Paulo aprovou nesta 4ª feira (17.abr.2024), em 1ª votação, o PL (projeto de lei) que possibilita a privatização da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), responsável pelo abastecimento de água. Foram 36 votos favoráveis e 18 contrários.

O projeto de lei 163 de 2024 altera a legislação municipal e autoriza a capital paulista a aderir à privatização e manter os contratos com a companhia, uma vez sob comando da iniciativa privada. Ainda não há data prevista para a 2ª votação, que será definitiva.

Entre os defensores do projeto, o vereador Sidney Cruz (MDB) argumentou que, com a transferência da empresa para a iniciativa privada, a universalização do saneamento básico deverá ser realizada até 2029 e beneficiar milhares de pessoas.

“Essas famílias que vivem em volta da represa Billings e da represa Guarapiranga, essas famílias sem água potável, não dá. E eu tenho certeza que todos que estão aqui sabem que é verdade o que eu estou falando”, disse.

Já a vereadora do PT, Luna Zarattini, criticou a privatização da companhia e citou como exemplo a transferência à iniciativa privada da administração da Companhia de Águas do Rio de Janeiro.

“A privatização não vai melhorar os serviços e tampouco vai diminuir as tarifas. Muito pelo contrário, depois de privatizada, aumentou o número de reclamações sobre a Águas do Rio e diminuiu o tratamento de esgoto”, afirmou.

Segundo Zarattini, o projeto não é claro se as tarifas de água serão mais baratas com a medida.

Na esfera estadual, o projeto de lei da privatização da Sabesp já foi aprovado pelos deputados da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), em dezembro de 2023. No mesmo mês, foi sancionado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Atualmente, metade das ações da Sabesp está sob controle privado, sendo que parte é negociada na bolsa de valores B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, e outra parte na Bolsa de Valores de Nova Iorque, nos Estados Unidos.

O Governo de São Paulo é o acionista majoritário, com 50,3% do controle da empresa. O projeto, já aprovado na Alesp, estabelece a venda da maior parte dessas ações, com o governo mantendo poder de veto em algumas decisões.

Em 2022, a empresa registrou lucro de R$ 3,1 bilhões e seu valor de mercado chegou a R$ 39,1 bilhões. Atualmente, a companhia atende 375 municípios e tem 28 milhões de clientes.

Com informações da Agência Brasil

Fonte: Poder360

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