Binance investe US$ 213 milhões em compliance e segurança

Evolução de sistemas de defesa das exchanges e conscientização de usuários contribuem para queda no volume de fraudes com criptomoedas

Os protocolos de conformidade e a colaboração com autoridades para coibir crimes e proteger usuários são algumas das prioridades da indústria de criptoativos. A Binance, por exemplo, aumentou 35% o investimento em segurança e compliance global em 2023, na comparação com 2022. A exchange aportou US$ 213 milhões e US$ 158 milhões no ano passado e no anterior, respectivamente.

Como resultado dessas práticas e da coordenação do ecossistema de cripto, a empresa congelou ou recuperou cerca de US$ 55 milhões em fundos de usuários ao longo do último ano.

Para oferecer esse ambiente mais seguro, a exchange tem intensificado o monitoramento de transações e atividades suspeitas, apostado em tecnologias cada vez mais apuradas e estabelecido padrões de integridade condizentes com a conformidade regulatória.

Considerada a maior provedora global de infraestrutura para o ecossistema blockchain e de criptomoedas, e a maior em volume de transações, conforme o CoinMarketCap, a Binance opera em 180 países e tem mais de 182 milhões de usuários em todo o mundo, incluindo o Brasil.

O investimento da plataforma refletiu nos indicadores de produtividade na prevenção a crimes. Em 2023, a equipe de monitoramento on-chain (transações dentro da blockchain) aumentou em 150% a produtividade, com 677.772 alertas de segurança processados. Também foram analisados 2,6 milhões de alertas off-chain (em redes secundárias da blockchain), 40% de produtividade a mais em comparação com o ano anterior.

A tecnologia blockchain é baseada em um modelo P2P (peer-to-peer, ou ponto a ponto, em tradução livre do inglês) e formada por uma rede de aplicações de computadores. O sistema utiliza a criptografia avançada, algoritmos e cálculos matemáticos para realizar transações diversas, funcionando como um grande livro de registros digital.

A equipe de identificação de atividades suspeitas também concluiu 51.627 relatórios, um crescimento de 180% em 1 ano. Além disso, a empresa implantou uma nova ferramenta de monitoramento de terceiros, na atividade de negociação, que investigou, em média, 20.000 alertas por mês.

No último ano, dentre os casos em que a Binance atuou para recuperar o investimento de usuários, estava um “rug pull” –golpe em que desenvolvedores atraem investidores para um projeto, aparentemente lucrativo, antes de retirarem seu capital, deixando os demais no prejuízo. O esquema foi iniciado por um projeto chamado Xirtam e foram roubados cerca de US$ 3,3 milhões em ETH (a criptomoeda Ethereum) de investidores, antes de depositar os fundos em uma conta Binance.

A equipe de segurança da exchange congelou de imediato os fundos, evitando que os golpistas os acessassem. Posteriormente, foram analisadas as atividades do projeto para identificar vítimas, calcular perdas e disponibilizar reembolsos para mais de 1.750 endereços. Até setembro de 2023, foram devolvidos cerca de US$ 2,3 milhões às vítimas, e o processo segue até hoje.

“Investir e criar um programa de conformidade de classe mundial está em linha com nosso foco no usuário. Para a indústria Web3 (tecnologias que descentralizam a propriedade e o controle de dados) crescer, a integridade deve ser protegida em todos os momentos. É assim que construímos confiança. A melhor demonstração de que a Binance está no caminho certo é que nossa comunidade continua a crescer, 30% em 2023. Os fundos seguem fluindo para o ecossistema da Binance”, disse o presidente de compliance global da Binance, Noah Perlman.

A estratégia global da corretora para o setor conta com uma equipe de centenas de colaboradores, incluindo mais de 60 profissionais com experiência em agências reguladoras ou de aplicação da lei e mais de 200 agentes com certificações em áreas como conformidade e PLD (Prevenção à Lavagem de Dinheiro).

Leia o infográfico sobre o investimento da Binance em compliance e segurança.

O trabalho intensificado da Binance para aumentar a segurança faz parte de um movimento da indústria de criptoativos. Os esforços para aperfeiçoar sistemas de defesa e estreitar laços com as autoridades legais são apontados como alguns dos motivos para a redução de crimes no mercado, segundo o Relatório de Crimes com Criptoativos de 2024, da Chainalysis, empresa de análise de blockchain.

O levantamento mostra que os valores envolvidos em transações de entrada nos endereços ilícitos de criptomoedas caíram 38%, passando de US$ 39,6 bilhões, em 2022, para US$ 24,2 bilhões, em 2023.

Em comparação, o Relatório Global de Crimes Financeiros de 2024, produzido pela Nasdaq, bolsa norte-americana, aponta que US$ 3,1 trilhões fluíram para fundos ilícitos por meio do sistema financeiro global no ano passado, considerando todos os tipos de ativos –tradicionais ou não. Desse total, segundo o material, US$ 485,6 bilhões derivaram de golpes e esquemas de fraude bancária.

No recorte de criptomoedas feito pela Chainalysis, o roubo em ataques hacker às carteiras digitais teve a maior redução, de 2022 para 2023, considerando os tipos de crime. O volume transacionado caiu de US$ 3,7 bilhões para US$ 1,7 bilhão –menos 54,3%. Já o montante relacionado a fraudes e golpes teve queda de 29,2%.

Segundo esse levantamento, o total de fundos relacionados a atividades ilícitas em 2023 representou apenas 0,34% do volume universal de criptomoedas transacionadas durante o ano. A publicação destaca que os números refletem a evolução dos mecanismos de segurança das plataformas criptográficas e de resposta ágil aos ataques hackers.

Outra redução foi de quase 30% no montante de criptomoedas utilizado em lavagem de dinheiro –e que é contabilizado em separado, por se tratar de um valor que sai dos endereços ilícitos e vai para serviços que transformam o criptoativo em moedas tradicionais.

Para o presidente de compliance global da Binance, a queda no volume de criptomoedas relacionado a práticas ilícitas representa uma evolução dos esforços e das ferramentas da indústria que envolvem o ecossistema cripto para identificar atividades suspeitas e coibi-las.

A queda não significa que há menos criminosos dispostos a usar criptomoedas para financiar atividades ilícitas. Muito pelo contrário. É, na verdade, resultado de esforços robustos por parte de toda a indústria cripto, que está trabalhando colaborativamente para fortalecer a segurança, reforçar controles, desenvolver um programa abrangente de compliance e colaborar estreitamente com as agências de aplicação da lei globalmente. A ampliação da educação sobre cripto também está ajudando os usuários a serem menos propensos a golpes e fraudes”, afirmou Noah Perlman.

Leia o infográfico sobre crimes envolvendo criptomoedas em 2023.

Os reforços em segurança e compliance acontecem em um contexto onde há um avanço da regulamentação do setor de criptoativos em todo mundo, o que exige mais ação nesse sentido das empresas do mercado.

No Brasil, a lei 14.478/22, conhecida como Marco Legal dos Criptoativos, entrou em vigor em 2023 e estabeleceu que a pena para crimes de lavagem de dinheiro aumentará em 1/3 se praticados utilizando ativos digitais, além de inserir no Código Penal o estelionato por meio de criptoativos.

Para além da tecnologia, a Binance tem intensificado a conscientização dos investidores sobre práticas seguras para proteger suas carteiras de criptomoedas, o que também contribui para a queda no volume de ativos roubados. A corretora criou a série de conteúdos gratuitos on-lineKnow Your Scam (Conheça os Golpes, em português), que leva à comunidade de usuários esclarecimentos sobre práticas seguras, além de fornecer informações necessárias para evitar golpes no ecossistema cripto.

No espaço, estão compiladas e detalhadas informações sobre práticas criminosas e a dinâmica de golpes comuns direcionados a usuários, como esquemas Ponzi (fraude de juros em pirâmide), falsas ofertas de emprego, golpes românticos e ação de pessoas mal-intencionadas se passando por agentes da exchange.

A corretora também contribui com autoridades da lei e se compromete em ajudar a qualificar os profissionais de polícia para monitorar o mercado cripto. Um relatório da empresa de inteligência de blockchainTRM Labs, publicado em dezembro de 2023, mostra que a intensificação do trabalho coordenado das autoridades de combate ao crime foi essencial para a queda no volume de fundos roubados, enquanto são agilizados o rastreamento, o congelamento e a recuperação dos valores.

Em 2023, a Binance realizou 120 workshops e sessões de treinamento com agentes de combate ao crime com foco em inteligência, know-how e fatores que podem auxiliar para o sucesso de investigações. A expectativa é de que o programa seja ampliado neste ano.

Também ano passado, as equipes especializadas da Binance processaram 58.000 requisições de agentes legais, e colaboraram para desmantelar esquemas criminosos internacionais –dentre os quais, redes criminosas ligadas ao terrorismo e a esquemas fraudulentos.

Em janeiro de 2024, a exchange realizou um treinamento para mais de 30 oficiais da Interpol (sigla em inglês para Organização Internacional de Polícia Criminal).

O levantamento da TRM Labs também revela que, em 2023, a indústria de criptoativos teve um ganho significativo em protocolos de segurança. Dentre eles, o monitoramento de transações em tempo real e os sistemas de detecção de anomalias para identificar ameaças antes que elas se materializem, fortalecendo as carteiras de criptomoedas e as plataformas de exchange.

Os esforços em novas tecnologias e protocolos dos players do mercado contra os criminosos digitais encontram exemplos em iniciativas como as da Binance, uma das primeiras grandes exchanges a exigir verificação obrigatória de identidade para todos os usuários. Por meio do sistema KYC (sigla em inglês para Conheça Seu Cliente), os potenciais usuários devem fornecer uma identificação válida e enviar uma selfie, que é confrontada com sua identidade com o apoio de provedores de classe mundial.

Além disso, o sistema da corretora realiza pesquisas ao banco de dados de empresas de inteligência financeira para verificar se os potenciais usuários possuem qualquer histórico criminal, conexões com o terrorismo, inclusão em listas de PEPs (Pessoas Politicamente Expostas) e usuários de países que sofreram sanções de autoridades.

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Fonte: Poder360

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