O leilão de energia de reserva promovido pelo governo federal na última sexta-feira (13) contratou 1.477,5 megawatts (MW) em usinas eólicas e solares. Do total, foram 548,20 MW pela fonte eólica e 929,34 MW pela fonte solar fotovoltaica. O Rio Grande do Norte conseguiu emplacar projetos nas duas áreas, mas, com “capacidade de conexão zerada”, acabou perdendo força na disputa entre usinas eólicas.
A fonte eólica concentrou a maior parte da negociação com 548,2 MW de potência contratados, ao todo – o número também inclui um projeto no Maranhão, de 30 MW – a um preço médio de R$ 203,46 por MWh e deságio de 4,48% em relação ao teto de R$ 213.
Para o diretor presidente do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne), Jean-Paul Prates, apesar de denotar estagnação, o resultado não demonstra falta de interesse das empresas no RN. ” O que acontece é que a sobra de pouco mais de 800MW de conexão que o Estado tem foi reservada pelo MME para o mercado livre, o que deixou o RN diante de um cenário de capacidade de conexão zerada. Diante disso, o posicionamento estratégico das empresas com prospecção no RN foi retirar os projetos para aguardar o próximo leilão (A-5)”, explicou Prates.