Bairros centrais da cidade de São Paulo, como Bela Vista, Higienópolis e Santa Cecília, voltaram a ficar sem energia nesta quarta-feira. O novo apagão ocorre dois dias depois de faltar luz na mesma região, incidente causado por uma falha na rede subterrânea.
Na terça-feira, cerca de 24 horas após a primeira queda no abastecimento afetar milhares de pessoas, a concessionária Enel informou que cerca de 15% dos clientes seguiam no escuro. Nesta manhã ainda havia relatos de pessoas no escuro em suas casas.
O apagão teria começado a partir de uma obra da Sabesp, na Rua General Jardim, na Vila Buarque, de acordo com a Enel. Funcionários da companhia de abastecimento de água teriam puxado a fiação subterrânea durante uma escavação.
Em entrevista à TV Globo, Darcio Dias, diretor da área de manutenção da Enel, explicou o incidente na segunda-feira.
— O que a gente identificou, até o momento, foi essa obra que danificou essa rede. Não houve a falha nesse ponto, e sim na caixa adjacente, onde foi tracionada as nossas emendas que são plugáveis. Então, quando houve o tracionamento acabou desplugando, óbvio que ela tem presilhas, não é uma coisa tão simples assim para ser desconectado, mas de fato foi o que ocorreu.
Já o superintendente da Sabesp, Maycon Abreu, também em entrevista à TV Globo, reconheceu ter vindo da empresa o erro que causou o apagão:
— A Sabesp de fato fez a escavação no local, existia sim, uma rede de energia elétrica, mas a princípio, por avaliações que nós fizemos, não houve um dano naquele local, na rede de energia elétrica. Contudo, nós estamos atuando em parceria, com as equipes a disposição para resolver o problema — declarou Abreu.
A Santa Casa de Misericórdia chegou a funcionar por meio de geradores nas áreas de internação. O Sesc Consolação fechou na terça-feira. Diversos comerciantes tiveram de alugar geradores ou fechar as portas. Portarias eletrônicas deixaram de operar, deixando condomínios vulneráveis a invasões. Trabalhadores em teletrabalho precisaram recorrer a coworkings e cafés de outros bairros.
A Enel, procurada, ainda não respondeu os questionamentos do GLOBO.
Fonte: O Globo