Atentado em Moscou: Putin sugere participação da Ucrânia em ação do Estado Islâmico

Prédio do Crocus City Hall, alvo de atentado em Moscou, na Rússia
Prédio do Crocus City Hall, alvo de atentado em Moscou, na Rússia — Foto: STRINGER AFP

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, acusou a Ucrânia de envolvimento no atentado terrorista que matou pelo menos 133 pessoas e feriu mais de 140 em uma popular casa de shows nos arredores de Moscou, reivindicado pelo Estado Islâmico. De acordo com Putin, 11 pessoas foram presas, incluindo quatro terroristas capturados enquanto tentavam cruzar a fronteira ucraniana, “de acordo com informações iniciais” do Kremlin. Kiev nega a versão russa.

— [Os suspeitos detidos] se dirigiam para a Ucrânia onde, de acordo com dados preliminares, foi preparada uma ‘janela’ para que eles atravessassem a fronteira —afirmou o presidente russo durante um pronunciamento televisionado, no qual classificou o atentado como “ato terrorista selvagem”, comparou os terroristas a “nazistas” e prometeu que todos os responsáveis serão “punidos” e não terão “um destino invejável”.

A versão apresentada pelo presidente recém-reeleito reitera informações divulgadas anteriormente pelo Serviço Federal de Segurança russo (FSB), de que os terroristas “tinham contatos” na Ucrânia, para onde planejavam fugir. As autoridades anunciaram a detenção de 11 pessoas, incluindo quatro agressores diretamente envolvidos no ataque.

Autoridades de Kiev condenaram a versão apresentada pelo FSB e negaram qualquer envolvimento do governo com o ato terrorista. O assessor presidencial Mikhailo Podoliak descreveu as afirmações russas como “absolutamente insustentáveis e absurdas”. A Legião da Liberdade da Rússia, grupo de combatentes russos pró-Ucrânia também negou qualquer envolvimento. Antes, serviços de inteligência militar do país chegaram a acusar o próprio Kremlin de participação no ataque, como forma de justificar ações mais violentas na Ucrânia.

Durante o pronunciamento, Putin não fez menção ao grupo terrorista Estado Islâmico, que reivindicou publicamente o ataque. Em um novo comunicado neste sábado, o EI afirmou que quatro combatentes “armados com metralhadoras, uma pistola, facas e bombas incendiárias” participaram da ação, e indicou que o episódio de terror é parte da “guerra” travada pelo grupo contra países que lutam contra o Islã”.

(Mais informações em instantes)

Fonte: O Globo

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