A ALRN realizou audiência pública para debater a gestão do Centro de A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte promoveu uma audiência pública para discutir os possíveis impactos da reforma previdenciária na vida da mulher brasileira. A proposição do debate foi da deputada estadual Isolda Dantas (PT).
A parlamentar nos falou que o ato público pretende trazer luz à necessidade de o Estado ser grande o suficiente para contemplar quem, de fato, necessita dele. Isolda Dantas também citou que a discussão estava permeada por bases feministas, de valorização da mulher na sociedade.
De acordo com o projeto de reforma da Previdência, aumenta de 15 anos para 20 anos a carência para a aposentadoria por idade das mulheres contribuintes.
A titular da Secretaria de Mulheres da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Rio Grande do Norte, Gabriela Evangelista, também se posicionou sobre os efeitos negativos sobre o segmento feminino da população, caso aprovadas as mudanças no plano previdenciário Federal.
A vereadora do município de Currais Novos, Tércia Lêda (PT), esteve presente à audiência e atribuiu ao projeto de Previdência um caráter de agressão à mulher e aos seus direitos.
Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos(Dieese), do total de dependentes da pensão por morte, 83,7% são mulheres e só 16,3% são homens. Na proposta de reforma, novas pensões terão redução do valor. Em 2017, foram pagas 7,6 milhões de pensões, que correspondem a 27% dos benefícios previdenciários.
Pensionistas no Regime Geral de Previdência Social recebem hoje 100% do benefício herdado. Com a mudança, a viúva ficaria com 60% do benefício. De acordo, ainda, com o Dieese, em 2017, 62,8% das mulheres se aposentaram por idade e 37,2% dos relacionados eram homens.