Assassina confessa de empresário do ramo da cannabis no Uruguai exibia vida de luxo e aulas de tiro nas redes; fotos

Romi Camejo posa em iate; ela confessou ter matado empresário no Uruguai
Romi Camejo posa em iate; ela confessou ter matado empresário no Uruguai — Foto: Reprodução/Instagram

O assassinato de Gonzalo Aguiar, empresário de destaque do ramo da cannabis e dono de uma das propriedades mais luxuosas de Punta del Este, a renomada “La Maison”, abalou todo o Uruguai. A principal acusada – que confessou o assassinato – é Romina Camejo, sua ex-mulher e mãe do filho de Aguiar, de apenas 6 meses.

Segundo fontes policiais, o homem tentou entrar na mansão, localizada na rua San Pablo, ao forçar a porta. Após chamar a polícia, Camejo confessou o crime e declarou aos investigadores que atirou no peito do empresário com uma pistola automática 9mm — cuja documentação estava em ordem — após uma discussão.

A acusada é usuária ativa das redes sociais, nas quais compartilhava imagens de sua vida excêntrica e luxuosa com carros de alto padrão, iates, jet skis, mansões, viagens e voos em aviões particulares. Além disso, ela atuava até então como cantora, sob o nome artístico de “Romi Camejo”, e chegou a participar do Latino Music Awards, edição que foi realizada na Colômbia há dois anos.

Em seu perfil, também há registro de momentos da convivência com Aguiar na mansão que adquiriram em Punta del Este e lembranças do casamento, em 2022.

Além de posar com carros de marcas como Porsche, BMW e Lamborghini na frente de sua casa, Camejo também publicou uma série de fotos mostrando que participou de aulas de tiro. Nos vídeos, ela pode ser vista atirando com um fuzil e uma pistola.

Antes de se separar, o casal havia sido vítima de um assalto em sua mansão. Em fevereiro de 2023, um grupo de três homens entrou na propriedade, localizada próxima ao charmoso Golf Club de Punta del Este. Os criminosos levaram armas, celulares, entre outros bens. Após investigações realizadas no local, a Polícia de Maldonado informou que, dentro de um cofre, foram encontrados fuzis, pistolas, espingardas e mais de 1.500 unidades de munição calibre 9mm.

Meses antes do ocorrido, Camejo e Aguiar haviam sido investigados pelo porte de armas, em julho de 2022. Na ocasião, foram denunciados após serem vistos em um carro, o que gerou perseguição policial e posterior prisão de um equatoriano e três uruguaios, entre os quais estava o então casal. Após ser solto, Camejo declarou que tudo havia sido “um grande mal-entendido”.

O advogado da acusada, Camilo Silvera, indicou ao procurador do caso, Sebastián Robles, que uma das possibilidades será alegar que o homicídio foi um caso de “legítima defesa”. Isto se basearia no fato de que houve supostos episódios anteriores de violência, que causaram “um trauma significativo” em Camejo.

A ex-mulher de Aguiar teria recebido uma ameaça por telefone antes de atirar no empresário. Segundo Silvera contou ao El Observador, o empresário disse a Camejo que iria “cortá-la em pedacinhos”.

Além disso, acrescentou que quando chegou à casa da mulher – onde foi assassinado – estava “completamente exausto”, o que originou a discussão. No depoimento, ele indicou que sua cliente “estava com medo” porque seu ex-companheiro era alguém “violento” que “estava sempre armado”.

Fonte: O Globo

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