Artistas e outros profissionais da música receberam R$ 971 milhões do Ecad em 2018

Os artistas podem comemorar os números do ano que passou: mesmo em meio a uma crise econômica, o trabalho permanente das associações de música e do Ecad de conscientizar a sociedade sobre o pagamento de direitos autorais resultou em grandes cifras para a cadeia produtiva da música. 

Distribuímos R$ 971 milhões em direitos autorais para artistas e demais titulares, além das associações. A quantidade de beneficiados teve um aumento de 25%, indo de 259 mil (2017) para mais de 326 mil compositores, intérpretes, músicos, editoras e gravadoras remunerados em 2018.

Cerca de 66% do valor total foram repassados ao repertório nacional, contribuindo para o fortalecimento da indústria musical brasileira. Esses números comprovam que, muito mais que impulsionar a música enquanto arte e negócio, o Ecad ajuda a manter produtivo quem trabalha e vive para encantar as pessoas com seu dom.

Cinema e streaming no topo

O segmento que apresentou maior crescimento na distribuição de direitos autorais foi o deCinema, com mais de 400% de aumento no valor total repassado. Esse resultado se deve aos expressivos acordos firmados ao longo de 2018 com grupos como a Abraplex, que representa redes como UCI, Cinépolis e Cinesystem. 

Em seguida, aparece o segmento de Streaming, que trouxe muitas obras musicais e artistas para a gestão coletiva. Os recentes acordos fechados com as plataformas YouTube e Netflix contribuíram para o crescimento de 72% no valor distribuído, assim como a maior conscientização dos clientes desse segmento sobre o pagamento do direito autoral.

Direitos de autor e conexos

De todos os valores distribuídos em 2018, 76,4% foram repassados aos titulares de direitos de autor. Já a parte conexa recebeu 23,6% do montante. O direito de autor contempla os compositores e as editoras musicais e é pago sempre que existe a execução de uma música. Já os direitos conexos são devidos quando é utilizada uma gravação (fonograma), como em rádios e televisão. Nesse caso, além dos compositores e editoras, também são remunerados os intérpretes, músicos e gravadoras.

Artistas nacionais em destaque

Nas plataformas de streaming e nas rádios, os compositores sertanejos dominam os rankings de autores com maior rendimento. A cantora e compositora Marília Mendonça (“Infiel”) lidera a lista das plataformas digitais de áudio, seguida por Thales Lessa (“A mala é falsa”) e Juliano Tchula (“Cuida bem dela”).

Já no segmento de Música ao Vivo, que considera o que foi tocado em bares e restaurantes, Thallys Pacheco (“O nosso santo bateu”) tem a companhia de nomes tradicionais da MPB como Djavan, Renato Russo, Lulu Santos e Tim Maia.

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