Armaduras, ferramentas e munições: arqueólogos encontram relíquias centenárias em naufrágio, na Suécia; veja fotos

Arqueólogos encontram relíquias centenárias em naufrágio de rei norueguês, na Suécia
Arqueólogos encontram relíquias centenárias em naufrágio de rei norueguês, na Suécia — Foto: Florian Huber

Um grupo de pesquisadores e arqueólogos marítimos das Universidades de Estocolmo e Södertörn encontraram um navio centenário em Stora Ekön, no arquipélago de Blekinge, na Suécia. A embarcação fazia parte de um frota do rei Hans, e era comandada por um grupo com cerca de 100 mercenários alemães quando afundou após um incêndio em 1495. Dentre os principais itens encontrados na empreitada estão um baú de armas e munições, uma manta de metal com até 150 mil anéis, ferramentas, placas de chumbo e fechaduras.

De acordo com a análise, os destroços estão parcialmente preservados, no entanto, as madeiras que faziam parte da proa e da popa do navio estão em bom estado de conservação. Outras partes também foram descobertas como algumas plataformas elevadas que serviam para combates no barco. Esses pedaços de madeira podem fornecer detalhes importantes sobre as estratégias e capacidades militares dos navios de guerra aos pesquisadores.

“O conteúdo do baú de armas é inegavelmente uma das descobertas mais importantes. Ele contém, entre outras coisas, vários moldes e placas de chumbo diferentes para a fabricação de balas de chumbo para as primeiras armas curtas”, explicou Rolf Warming, um dos líderes da pesquisa, no comunicado à imprensa.

Conhecidas como hauberks, uma veste de malha encontrada junto aos destroços apresenta bom estado de conservação e foi analisada pela pesquisadora especializada Kerstin Lidén, no Laboratório de Pesquisa Arqueológica da Universidade de Estocolmo. Conforme o que foi possível perceber, a armadura apresentava diversos tipos de fios diferentes, o que indica que ela foi tecida com diferentes técnicas e ainda precisou de reparos muitas vezes. Com base no que foi encontrado, a veste pode conter mais de 150 mil anéis.

“O navio é uma peça importante do quebra-cabeça da ‘revolução militar no mar’ no início do período moderno, em que as táticas primárias mudaram do combate corpo a corpo para o fogo de artilharia naval pesada. O navio, portanto, também será comparado com outros naufrágios importantes e preservados de forma única – como Marte (1564) e Vasa (1628) – para compreender este desenvolvimento”, diz Rolf Warming.

A documentação do processo de descobertas do estudo tem sido realizada por meio de câmeras subaquáticas e tecnologia fotogramétrica 3D. As equipes contam também com apoio de especialistas do Museu Nacional da Marinha Real (Portsmouth), da Universidade de Southampton e da Universidade de Connecticut que estão envolvidos no projeto.

Fonte: O Globo

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