O senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse nessa quarta-feira (1º) que irá se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para tentar convencê-lo da instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado com objetivo de se investigar os atos golpistas de 8 de janeiro. A ideia é criticada por interlocutores do Palácio do Planalto, nos bastidores, porque isso poderia dispersar a base aliada de votações mais importantes neste primeiro semestre.
‘É preciso punir exemplarmente todos aqueles que flertaram com o fascismo. Me coloquei à disposição para conversar com o presidente, pedir uma reflexão para que nós possamos instalar a CPI. Não tenho nenhuma dúvida de que a CPI é o melhor caminho. Até porque, quem não faz [CPI] leva. São apenas 27 assinaturas e um fato determinado’, disse. ‘Não sei [o motivo dessa resistência]. Fiquei de conversar com ele sobre isso’, complementou.
Calheiros falou sobre o assunto após a sessão extraordinária que terminou com a reeleição do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O mineiro teve 49 votos favoráveis, enquanto o senador Rogério Marinho (PL-RN), candidato que representava o grupo bolsonarista na eleição interna, teve 32. Com o resultado, Pacheco continuará à frente do Congresso Nacional pelo biênio de 2023 e 2024.
Do Valor Econômico