Após novas chuvas e alagamentos, Porto Alegre suspende força-tarefa para limpeza na cidade

Após fortes chuvas, funcionários do departamento municipal de limpeza urbana (DMLU), fazem a retirada de lixo acumulado nas ruas de Porto Alegre
Após fortes chuvas, funcionários do departamento municipal de limpeza urbana (DMLU), fazem a retirada de lixo acumulado nas ruas de Porto Alegre — Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Marcada para este sábado (25), a força-tarefa para a limpeza do entorno do Mercado Público Central de Porto Alegre foi suspensa após chuvas atingirem a capital do Rio Grande do Sul e causarem novos alagamentos na sexta (24).

“A força-tarefa para a limpeza do entorno do Mercado Público, que estava prevista para hoje, está suspensa devido aos alagamentos causados pelas chuvas de ontem”, anunciou a prefeitura em seu perfil no X (antigo Twitter).

As chuvas que atingem o estado nas últimas semanas geraram um acumulo considerável de lixo. Em toda a capital se proliferam montanhas de descartes de móveis, alimentos, produtos e outros bens destruídos pelas chuvas, que dão um aspecto de lixão a céu aberto.

Apenas na última semana, garis retiraram mil toneladas de resíduo. Com vários pontos da cidade ainda submersos, os profissionais trabalham apenas onde é possível chegar e com muitas limitações. Seis bairros seguem totalmente inacessíveis.

No dia 16 de maio, a prefeitura de Porto Alegre informou que já haviam sido removidos 119 toneladas de lixo apenas nos bairros Cidade Baixa e Menino Deus. A limpeza acontece em partes secas da cidade, onde a água havia recuado. A conta da limpeza, de acordo a prefeitura, ultrapassa os R$ 24 milhões, mas deve chegar a mais de R$ 100 milhões, dizem os técnicos.

Segundo um levantamento de pesquisadores do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em parceria com a empresa Mox Debris e voluntários, aponta que devido à destruição causada pelas enchentes no Rio Grande do Sul, o volume de entulho gerado no Estado pode chegar a 46,7 milhões de toneladas.

A prefeitura assinou um acordo para a contratação emergencial de um aterro sanitário para o descarte de 77 a 180 mil toneladas de resíduos das enchentes. O novo local, em Gravataí, terá um custo previsto de R$ 19,7 milhões e servirá como depósito para montantes que podem chegar a até 150 vezes a média diária de lixo recolhida na cidade.

O município fica localizado a cerca de 30 km da capital gaúcha, e ocupará uma área correspondente a 270 hectares. O depósito deverá receber materiais contaminados pelas águas das cheias e que não se decompõem com o tempo.

Fonte: O Globo

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